Revista IstoÉ 

O Brasil tem guerrilha, que mata  
produtores e trabalhadores rurais

A edição 2003 da revista IstoÉ, de 26 de março, traz denúncia grave sobre
o terror armado que se instalou no interior de Rondônia: guerrilheiros
mascarados, treinados pelas Farc da Colômbia, formam um Estado paralelo no meio da mata e tentam expulsar pela violência os produtores rurais de suas propriedades. Só no ano passado
as ações da guerrilha auto-intitulada "Liga dos Camponeses Pobres" já resultaram na morte de 22 pessoas. O Boletim Informativo da FAEP reproduz trecho da reportagem da Revista IstoÉ e o alerta
de que um barril de pólvora está prestes a explodir diante do descaso das autoridades brasileiras.
Para ler a reportagem inteira é só acessar  o site da revista (www.istoe.com.br).

A reportagem da revista ISTOÉ entrou nessa área proibida. No distrito de Jacinópolis, a 450 quilômetros de Porto Velho, bate o coração da guerrilha. Segundo o serviço secreto da Polícia Militar de Rondônia, é ali que está o campo de treinamento. "Nem com 50 homens armados eu tenho coragem de entrar na invasão deles", admite o delegado da Polícia Civil de Rondônia, Iramar Gonçalves,. Caminhar pelas hostis estradas enlameadas é como pisar em solo minado. A todo momento e com qualquer pessoa que se converse, o medo de uma emboscada é constante. Os militantes adotam as táticas de bloqueio de estradas e seqüestro das pessoas que trafegam pela área sem um salvo-conduto verbal liberado pela LCP. "É a forma de combater as forças inimigas", escreveram eles num dos panfletos que distribuíram na região. "Esses bandoleiros foram muito bem treinados pelos guerrilheiros das Farc", revela o major Enedy Dias de Araújo, ex-comandante da Polícia Militar de Jaru, cidade onde fica a sede da Liga.

Para se chegar à chamada "revolução agrária", dizem os documentos da LCP aos quais a revista ISTOÉ teve acesso, a principal ação do grupo é pôr em prática a chamada "violência revolucionária". E, para os habitantes locais, essa tem sido uma violência fria e vingativa. Dos 22 mortos de 2007, quatro eram fazendeiros e 14 eram funcionários das fazendas, que a liga camponesa classifica como paramilitares. Na parte dos guerrilheiros, quatro foram enterrados - assassinados em circunstâncias distintas por jagunços das fazendas da região.

Além de matar, a LCP é acusada pela polícia de incendiar casas, queimar máquinas e equipamentos e devastar a Floresta Amazônica. Os moradores da comunidade não sabem o que é luta de classe, partido revolucionário e muito menos socialismo. Mas eles sabem muito bem que, desde a chegada da LCP naquelas bandas, a morte matada está vencendo a morte morrida.  Reportagem completa  com aceso livre você confere na págima: www.istoe.com.br (Edição 2003).

Boletim Informativo nº 998, semana de 31 de março a 6 de abril de 2008
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná
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