O mês de março foi pautado por constante sobe e desce na Bolsa de Chicago, com preços oscilantes, ora em limite de alta, ora em limite de baixa. O pano de fundo é a ameaça de agravamento da crise econômica nos Estados Unidos haja vista que as perspectivas são pessimistas, embora a atuação firme do Banco Central dos Estados Unidos (FED), baixando as taxas de juros para 2,25% ao ano.
Frente à turbulência vigente, os fundos de investimento fazem uma redução de posições, isto é, uma recomposição dos investimentos dos fundos para não perder a liquidez.
O mercado permanece intranqüilo porquanto não há uma sinalização de que as medidas tomadas sejam suficientes para conter uma recessão mais acentuada. Muito embora os fatores fundamentais continuem presentes (estoques baixos de soja e trigo, demanda mundial crescente, consumo de energias alternativas - etanol e biodiesel frente ao preço alcançado pelo petróleo superior a US$ 100/barril e fatores climáticos - La Nina).
No mercado internacional, a saca de soja que no início de março chegou a ser cotada a US$ 34,05 passou para US$ 28,81/saca na terça-feira (dia 25), apontando uma queda acumulada em março de 15,4%.
No caso do milho a saca de 60 quilos que alcançou US$ 13,32 passou para US$ 12,86. O recuo foi de 3,5% em relação ao pico de preço ocorrido em 11 de março.
Já no caso do trigo, o mercado também acompanhou o desempenho da soja e do milho, tendo alcançado na quinta-feira (dia 20), o limite de baixa (mínimo que o produto pode variar no dia). A maior cotação em março foi no dia 12 de março ao preço de US$ 27,99/saca e encerrou na terça-feira (dia 25) em US$ 23,39/saca. A queda relativa ao maior pico de preços registrado no mês foi de 16%.
Gilda Bozza
Economista - DTE / FAEP