Pela terceira vez o governo frustrou o setor produtivo, que esperava uma proposta concreta de renegociação das dívidas rurais. Em vez disso, adiou a entrega do pacote de renegociação para 25 de março e os representantes dos Ministérios da Fazenda e Agricultura apresentaram aos diversos parlamentares e representantes dos produtores apenas um levantamento realizado pela equipe econômica sobre o montante classificado como "objeto de preocupação", de R$ 87 bilhões.
O valor não considera as dívidas de custeio da safra atual e os investimentos desde a safra 2006/2007. Este total envolve cerca de três milhões de operações.
Conforme o governo, do total de R$ 87 bilhões, R$ 13 bilhões referem-se ao programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Os outros R$ 74 bilhões são relativos à agricultura empresarial e foram divididos em cinco blocos: operações com crédito rural efetuadas nos anos 80 e 90 e renegociadas, operações de crédito de custeio rural contratadas até 30/06/2006, operações de investimento e comercialização, operações com fundos constitucionais e operações inscritas na Dívida Ativa da União.