O Iapar lançou no dia 4 novas variedades de feijão preto IPR Gralha e IPR Tiziu, desenvolvidas pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). Além das vantagens agronômicas para os produtores - como tolerância à seca e a altas temperaturas, alto potencial produtivo e resistência às principais doenças que afetam a cultura no Paraná -, são materiais de ótimas características culinárias e nutritivas.
IPR Gralha - Seu diferencial é a rusticidade, o que a torna "altamente indicada para o sistema de produção orgânico", conforme a pesquisadora Vânia Moda-Cirino, que trabalhou no desenvolvimento dos materiais. A variedade é tolerante ao calor e moderadamente resistente à seca.
No aspecto doenças, é resistente à ferrugem, oídio e mosaico comum. Tem ainda resistência moderada à antracnose, crestamento bacteriano comum, mancha angular e murcha de bactéria.
Com ciclo em torno de 89 dias, IPR Gralha tem potencial produtivo acima de 3.700 kg/ha. Do ponto de vista nutricional e culinário, tem em média 23,2% de proteínas, cozinha rapidamente - em aproximadamente 25 minutos -, dá bom caldo e deixa 67% de grãos inteiros após o cozimento. Esta última característica é importante do ponto de vista culinário, significa que o feijão não desmancha na panela.
IPR Tiziu - De porte ereto, pode ser colhida mecanicamente. A excelente produtividade, que chega a superar os 3.900 kg/ha, é outro diferencial da nova cultivar. Tolera bem secas e altas temperaturas. É resistente ao mosaico comum e à ferrugem; e mostra resistência moderada à murcha de bactéria, oídio e mancha angular. O ciclo é de 89 dias. Com teor médio de 24,5% de proteína, IPR Tiziu coze em cerca de 25 minutos, deixando 58% de grãos inteiros e bom caldo.