O terceiro levantamento da produção brasileira divulgado no dia 10 (segunda-feira) pela Conab e IBGE aponta uma colheita de 134,8 milhões de toneladas. Levando em conta o ciclo anterior (131,8 milhões t), o crescimento é de 2,3%. Este é o primeiro resultado agrícola unificado dos dois órgãos, que passaram a trabalhar conjuntamente nas pesquisas do setor.
Segundo técnicos da Conab, comparando o
número atual com o levantamento do mês passado, é verificada uma
redução de 0,6%, (772,6 mil t) na produção. Ainda assim, o quadro se
mantém positivo, estimulado principalmente pela expansão da área de
plantio e incentivado pelos preços remuneradores do mercado.
Mesmo 0,5% menor em relação à safra passada, a soja mantém a liderança entre os grãos com 58,1 milhões t. Outra cultura em destaque é o milho 1ª safra, que deve ficar em 37,3 milhões t, ou 2% superior. O caroço de algodão também tem desempenho satisfatório, com 2,5 milhões t, acréscimo de 3,9%. Já o feijão 1ª safra apresenta queda de 2,4% e deve ficar em 1,5 milhão t.
O motivo está nas baixas precipitações pluviométricas, seguidas de estiagem prolongadas e baixas temperaturas nos estados produtores entre agosto e setembro, época do plantio.
ÁREA - A plantação deve ocupar uma área de 46,5 milhões de hectares, aumento de 0,6%. O maior crescimento, de 1,3%, está nas lavouras de soja (de 20,7 para 20,9 milhões ha). Essa realidade reflete o retorno do plantio da oleaginosa em áreas que deixaram de ser cultivadas na safra 2006/07. Há também expansão de 1,9% nas lavouras de milho 1ª safra (de 9,5 para 9,7 milhões ha) e de 3,4% no algodão (de 1,10 para 1,33 milhão ha).
O trabalho foi realizado por técnicos da Conab e do IBGE, que estiveram em campo no período de 19 a 23 de novembro. Eles ouviram 990 informantes, em 330 municípios, entre representantes de cooperativas, órgãos públicos e privados, agentes financeiros e produtores dos estados do Centro-Sul, Piauí, Maranhão, Rondônia, Tocantins e Bahia.