Em seu discurso durante a cerimônia de premiação, o presidente da FAEP, Ágide Meneguette pediu uma salva de palmas aos profissionais da área de educação. "Destaco o esforço e a dedicação dos nossos professores do ensino fundamental, a quem eu rendo minhas homenagens", disse.
A professora Rosimeire Cristina Guss, do Colégio Integrado de Campo Mourão, conquistou o primeiro lugar na categoria Experiência Pedagógica da rede particular de ensino. Com o tema "Biodiversidade e desenvolvimento sustentável", a professora conduziu os alunos num trabalho de pesquisa que teve como ponto de partida os hábitos de consumo dos estudantes. "As crianças pesquisaram a matéria-prima dos produtos industrializados", lembrou. A parte prática do projeto incluiu a confecção de sabonetes com essências e corantes naturais. "Recebemos muito apoio dos pais, da comunidade e, como resultado, as crianças ficaram mais atentas aos produtos que consomem", disse.
Os professores da rede pública de ensino, autores dos quatro projetos melhor classificados no estado, foram premiados com um automóvel 0km. O anúncio dos nomes foi acompanhado com muita expectativa e emoção.
O primeiro lugar ficou com Luzineide Lima, de Goioerê. A professora desenvolveu, junto com os alunos da Escola de Educação Especial "Padre Anchieta" (APAE), um projeto sobre produtos orgânicos, com o intuito de esclarecer a comunidade sobre o consumo de alimentos sem agrotóxicos.
Emocionada, a professora atribuiu a conquista ao apoio que teve dos colegas da escola onde leciona. "A minha vitória só foi conseguida graças, principalmente, ao envolvimento dos alunos", afirmou.
Marlene Garcia Alves, de Apucarana, conquistou o segundo lugar na categoria. Professora de matemática da Escola Estadual "Vale do Saber", Marlene conseguiu motivar seus alunos de 6ª série a trabalhar com um tema considerado pouco estimulante pela maioria: "tributos". Divididos em equipes, os estudantes foram orientados a montar micro-empresas fictícias com liberdade para criar produtos e vendê-los para a turma no dia da apresentação do trabalho. Como recompensa, o lucro obtido foi compartilhado entre os integrantes da equipe. Foi nesse ambiente que as crianças foram estimuladas a tratar dos impostos e entender mais sobre seu recolhimento e função. Marlene acredita que a prática leva ao reforço do conhecimento. "Quando a escola dá oportunidades, a vida abre caminhos e a sociedade acolhe", definiu a professora que atribuiu a seus alunos o papel principal no projeto. "Eu apenas conduzi", lembrou.
O prêmio de terceiro lugar foi entregue ao professor Benjamin Amaral dos Santos, de Pitanga. O projeto "Reciclar é preciso" foi desenvolvido com alunos de 4ª série da Escola Municipal "Afonsina Mendes Sebrenski". O objetivo foi conscientizar estudantes, comunidade escolar e sociedade sobre a importância do ato de reciclagem, servindo também de alerta contra o preconceito existente com os coletores.
Durante a premiação, ele destacou a necessidade que as crianças sentem de serem estimuladas em seu processo de aprendizagem. "É fundamental o professor desenvolver um projeto extra-classe, que reúna métodos diferentes de aprendizagem. Por isso, é importante a força de vontade do corpo docente. Espero que os professores continuem tentando melhorar o ensino no Paraná e no Brasil", desabafou.
Nilce Aparecida Chaves de Deus, de Pinhão, ficou com o quarto lugar na categoria Experiência Pedagógica da rede pública de ensino. Ao trabalhar com os alunos da Escola Municipal "Professora Eroni Santos", sob o tema "Biodiversidade e o município de Pinhão", Nilce optou por uma abordagem ecológica, tratando dos problemas ambientais locais. "Para mudar o mundo, é preciso conhecer os problemas, buscar soluções e incluir-se, como ser consciente, de que primeiro precisamos mudar o lugar onde vivemos" relatou em seu projeto. O trabalho incluiu desde um estudo sobre o Sistema solar até chegar ao município de Pinhão, conhecendo sua história e disponibilidade de recursos naturais no passado e no presente. "Você tem que ter humildade, coragem e parceria com pais e crianças. Isso pode mudar o jeito de ensinar. Passamos a trabalhar com o real, a vida de cada um deles, de maneira lúdica e mais prazerosa", disse.
No total, 212 prêmios foram entregues a alunos, professores e escolas das redes pública e particular de todo o estado.