Senar promove curso de técnicas
na recuperação da vegetação ciliar 

Técnica de transposição serapilheira

A partir do próximo ano, o SENAR-PR passa a contar com novo material e novos instrutores para o curso de recomposição de vegetação ciliar. A atualização dos instrutores, e formação de novos, acontece entre os dias 26 e 29 de novembro no Centro de Treinamento Agropecuário do SENAR-PR - CTA de Ibiporã. O novo material inclui técnicas como transposição de serapilheira, instalação de poleiros, semeadura direta e coleta de "chuva de sementes" que têm por objetivo tornar mais eficiente e reduzir custos de recuperação de áreas.

Alessandro Camargo Ângelo, professor do Departamento de Ciências Florestais da UFPR, é responsável pela atualização do material e pela formação dos instrutores. Ele explica que o novo conteúdo considera preceitos ecológicos e amplia as possibilidades para o produtor interessado na recuperação de áreas. "Plantar mudas e ver se vingam, são coisas muito diferentes. Programas de plantio têm muita perda, que podem chegar a 70% ou 80% em certos casos", alerta.

De acordo com o especialista, isso não significa que a técnica não seja importante, mas há outras que podem ser mais eficientes considerando as diferentes tipologias de vegetação do estado, condições de solo e sucessão vegetacional, entre outros aspectos.   

Semeadura direta

Néder Maciel Corso, técnico do SENAR-PR, acrescenta que a idéia é que o participante possa buscar a técnica de acordo com o contexto em que está inserido, considerando recursos humanos e financeiros disponíveis, histórico da área, presença de animais e remanescentes. "Aliar diferentes técnicas de recomposição de vegetação é interessante tanto para o ecossistema, pois implica em maior riqueza de espécies na área, quanto para o produtor, que terá vantagens econômicas com a utilização de práticas mais eficientes". Ainda, foi incluso no material um capítulo sobre proteção de nascentes, a partir da técnica solo-cimento. Em 2008, o curso a campo deve ter duas opções de carga horária: de oito horas, atualmente utilizada e de 16 horas, que permitirá ao instrutor estimular e conscientizar os produtores com maior embasamento técnico.