O glifosato Roundup Ready, da Monsanto, está liberado no Paraná pela Secretaria da Agricultura desde o dia 16 de outubro. O herbicida é usado no cultivo de sementes geneticamente modificadas e deve ser lançado nesta safra, já que aproximadadmente 50% da área plantada de soja será trasnsgênica. Para a FAEP, com as chuvas dos últimos dias, os produtores de soja puderam começar o plantio. Eles têm a garantia de utilizar o glifosato. Isso porque a Monsanto obteve decisão favorável sobre a liberação do produto em agosto.
A Secretaria da Agricultura incluiu o glifosato RR no cadastro de agrotóxicos permitidos para uso no Paraná apenas no dia 16 de outubro. De acordo com a Secretaria, foi feita a análise da eficácia agronômica do produto. Porém, o cadastro possui restrições para quatro plantas invasoras. Segundo a Secretaria, a Monsanto não encaminhou o teste de eficácia para essas plantas e o produtor deve saber que não há eficácia do herbicida nesses casos. Entre essas plantas, estão a leiteira, que é muito comum nas lavouras do estado.
A Monsanto informou que já apresentou estudos que comprovam a eficácia do glifosato sobre as plantas daninhas que estão com restrição temporária do uso do produto. Esses dados estão sob análise da Secretaria da Agricultura. Para a FAEP, o produtor tem o direito garantido de utilizar o glifosato RR. De acordo com a entidade, o agricultor fará o plantio com base em uma tecnologia que está liberada. O direito de usar o herbicida vale até o final da safra.
As organizações da agricultura defendem o uso exclusivo de grãos registrados, apesar dos argumentos dos produtores autuados pelo Ministério da Agricultura de que não há sementes legais adaptadas a todas as regiões e de que a semente sem registro rende mais.
Para a FAEP e o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), a pirataria atrasa as pesquisas de novas variedades e coloca a própria agricultura em risco, já que as sementes de origem incerta podem carregar doenças. Segundo a FAEP, o uso de variedades ilegais supostamente mais produtivas reduz os recursos destinados ao desenvolvimento de grãos similares pelas instituições de pesquisa. Para a Ocepar, o produtor ajuda a indústria de sementes a se desenvolver quando compra a semente registrada.
A FAEP realiza uma campanha que orienta o produtor a agir dentro da legalidade. Informações sobre como proceder ao reservar grãos de uma safra para plantar na seguinte podem ser acessadas no site da Federação: www.faep.com.br
O procedimento pode ser repetido, independente de quando o produtor comprou a semente original, mas precisa ser comunicado ao Ministério anualmente.