Prazo para migrar a novo modelo 
do Sisbov não será prorrogado

O prazo para os pecuaristas migrarem do antigo para o novo Sisbov - que vai até 31 de dezembro - não será prorrogado, segundo avisou o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Márcio Portocarrero. Ele alertou que o descumprimento desse prazo implicará perda de rastreabilidade dos animais, já que o modelo antigo será extinto no dia 1º de janeiro de 2008. A informação é da Agência Brasil.

A afirmação foi feita dia 15 durante a reunião preparatória para receber a missão da União Européia que virá ao Brasil em novembro. O encontro contou com a participação de representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Associação das Entidades Certificadoras (Acerta) e técnicos do Ministério da Agricultura. O coordenador do Sisbov, Serguei Brener, chamou a atenção para as portarias do Mapa, publicadas ontem no Diário Oficial da União, que punem duas certificadoras.  

Uma das portarias (nº 289) suspende por 30 dias a ABC Certificadora e Rastreabilidade Ltda, com sede em Goiânia, por apresentar inconformidades na certificação de propriedades rurais. A portaria nº 290 descredencia a Condão Certificadora Bovina Ltda., com sede em Confresa (MT), por ter cometido infrações graves, como a inclusão de animais na Base Nacional de Dados (BND) sem os elementos de identificação (brincos). Essas irregularidades foram constatadas durante auditorias realizadas por fiscais do Mapa.

Como a Condão não voltará a operar, os produtores deverão solicitar transferência de cadastro para outra certificadora credenciada pelo Mapa. A escolha fica a critério do pecuarista. A relação das certificadoras pode ser consultada no site do Mapa no link serviços/certificação do Sisbov.

Durante a reunião também foi apresentado balanço que informa o total de animais inseridos no antigo e no novo Sisbov. Até a presente data, o sistema atual conta com mais de 8,8 milhões de bovinos vivos, 703,7 mil abatidos e 95,4 mil desligados (excluídos da base), totalizando pouco mais de 9,6 milhões de cabeças.

O modelo antigo é superior a 76 milhões de cabeças, incluindo animais vivos, mortos e desligados. A previsão dos técnicos do Ministério da Agricultura é de 15 milhões de cabeças cadastradas no novo sistema até o dia 31 de dezembro próximo, o que suprirá, com folga, a demanda por carne bovina rastreada do Brasil. Dos 170 países importadores do produto brasileiro, 54 exigem rastreabilidade, entre eles os da União Européia.        


Boletim Informativo nº 979, semana de 22 a 28 de outubro de 2007
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná
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