Desde o segundo semestre de 2004, os produtores rurais brasileiros acumulam uma seqüência de prejuízos e dívidas, safra após safra. A situação só não é pior por causa do momento favorável das commodities agrícolas no mercado internacional. Na avaliação do ministro Reinhold Stephanes, feita a travessia deste momento difícil, o futuro será promissor. “O mundo está crescendo, a uma taxa elevada, e por um período relativamente longo. Crescimento econômico em prazos mais longos traz aumento de renda. E a primeira coisa que acontece, nos países asiáticos, na China, Índia, Rússia e tantos outros países em desenvolvimento, é que turma começa a comer mais, ou seja, há um aumento de demanda por produtos agrícolas”.
Na avaliação de Stephanes, o aumento da demanda faz os preços subirem e “nada indica que vão cair”. Abre-se um novo mercado para a agroenergia, para produção de álcool e biodiesel. “A necessidade de produção agrícola, na maioria dos países, está acima da capacidade de resposta. A China não consegue responder, a Rússia não consegue, a Índia só atende suas próprias necessidades. É o Brasil que tem capacidade de dar resposta. O Brasil respondeu nos últimos anos por 90% do crescimento adicional do mercado externo de carnes”, disse o ministro.
A recuperação da agricultura é a esperança de dias melhores também para o comércio paranaense. O presidente da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio) e do Conselho Deliberativo do SEBRAE-PR, Darci Piana, disse que um levantamento com dois mil empresários mostra que 87% dos consultados esperam crescimento de 8,78% para o segundo semestre. “A FAEP, em parceria com o SEBRAE, está no caminho certo, preparando os produtores e sua infra-estrutura sindical para no futuro termos uma agricultura ainda mais forte e pujante”.