A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) emitiu parecer técnico favorável à liberação comercial de mais uma variedade de milho geneticamente modificado (GM) resistente a insetos.
O pedido de liberação comercial havia sido apresentado pela multinacional Monsanto oito anos atrás. Esse foi o segundo pedido de comercialização aprovado em dois anos, desde a regulamentação da Lei de Biossegurança.
As duas variedades de milho deverão estar disponíveis para plantio em 2009, previu ontem o presidente da CTNBio, Walter Colli. Antes disso, terão de passar por mais um teste, no Conselho Nacional de Biossegurança, integrado por 11 ministros e chefiado por Dilma Rousseff (Casa Civil).
O próprio Colli tomou a iniciativa de provocar o conselho, segundo a Folha de S. Paulo: “Depois de dois anos de desgaste, quero ver se o governo tem compromisso com a liberação dos transgênicos: se o conselho não aprovar, vou-me embora.”
Atualmente, variedades de soja e algodão são comercializadas no país. Foram autorizadas pelo presidente Lula depois de o governo constatar o plantio clandestino de sementes contrabandeadas da Argentina.
A variedade de milho da Monsanto foi aprovada por 15 votos -um a mais do que o mínimo exigido; houve um voto contra e uma abstenção. Cinco membros da CTNBio se retiraram da votação.
A CTNBio também aprovou plano de monitoramento das culturas de milho transgênico por um período de cinco anos. Os planos serão analisados caso a caso. Foi aprovado ainda o plano que exige isolamento das culturas de milho transgênico.