Dia do Agricultor

O agronegócio como intrumento
de estabilidade econômica do país

O agronegócio brasileiro que contribuiu com 37% dos empregos criados no país e 28% do Produto Interno Bruto,  com ingressos de R$ 42,7 bilhões  para o saldo da balança  comercial brasileira em 2006. Apesar dessa importância o Paraná está travado e desperdiçando uma grande oportunidade para alavancar o crescimento econômico brasileiro e paranaense no momento em que os preços internacionais das commodities  são favoráveis, por estar sendo utilizado como mecanismo da política de estabilização econômica.

O câmbio baixo é resultante de capitais externos que ingressam no país para aplicações de curto prazo na compra de títulos governamentais, aplicações em bolsa de valores e de mercadorias e em outros derivativos do mercado financeiro, atraídos pela taxa de juros interna, a maior do mundo, para rolar a dívida interna superior a R$ 1,0 trilhão.

O Brasil não está praticando uma política cambial que induza e priorize o crescimento das atividades do agronegócio e de outros setores industriais. Ao contrário, a política cambial é inibidora, na medida em que reduz as margens de lucro dos produtores que fornecem matérias-primas para o agronegócio.

O produtor rural é quem colhe os prejuízos

Nesse quadro, o grande perdedor é o produtor rural que não tem meios de se defender e atuar no mercado financeiro para auferir lucros. Isto porque, pelo lado dos custos de produção, os fertilizantes, defensivos agrícolas e até o óleo diesel tem no dólar o balizador de preços no mercado interno. A despeito desse aspecto, as quedas nas cotações do dólar não têm se refletido em redução de preços dos insumos.

O produtor rural, opera com uma defasagem da ordem de 12 meses entre a compra dos insumos, produção e venda. Nesse processo fica a deriva, engessado no valor do dólar para realizar suas compras de insumos e venda da produção.

Não obstante as dificuldades com que se defronta o produtor rural brasileiro e os entraves crônicos que inviabilizam a obtenção de renda, a agricultura brasileira heroicamente se perfila em competitividade às agriculturas dos países desenvolvidos. Porém, existe uma grande diferença no caso dos produtores brasileiros porquanto a renda gerada pelo setor, que teoricamente deveria chegar ao produtor é engolida pelos gargalos sistêmicos, entre os quais, a logística inoperante, a política cambial desfavorável, inexistência de seguro para a renda, os quais formam o tripé de obstáculos a auferição de renda pelo produtor.

Mesmo assim, O Brasil é o maior exportador mundial de açúcar, soja etanol, café, suco de laranja, fumo, carne bovina, frango. E o Paraná ocupa a primeira posição entre os estados brasileiros na produção de aves e amido de mandioca, principal produtor de milho, trigo e feijão, segundo produtor de soja e pólo sucroalcooleiro, terceiro de suínos e lácteos, além de se destacar como maior pólo madeireiro do País.

Dentro do seu papel precípuo, o Sistema FAEP/SENAR desenvolve ao longo dos anos a capacitação do produtor, a difusão de tecnologia, o fortalecimento do associativismo, especial atenção à defesa sanitária do setor agropecuário e treinamento para operação na Bolsa de Mercado Futuro, com o objetivo de dotar o produtor paranaense de ferramentas que contribuam para amenizar a situação crítica em que se encontram. Aos produtores e produtoras rurais o agradecimento do Sistema FAEP/SENAR pela grande contribuição no papel, nem sempre reconhecido, de fornecer alimento á população e renda ao País.

Boletim Informativo nº 967, semana de 30 de julho a 5 de agosto de 2007
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná
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