A FAEP se posicionou contra a proposta de incluir o trigo na lista de exceções do Mercosul, o que possibilitaria a importação de 500 mil toneladas de países como os EUA e Canadá com a Tarifa Externa Comum (TEC) zerada. Fazer isso, diz o presidente Ágide Meneguette, é “agravar ainda mais a situação dos produtores brasileiros e beneficiar a produção de trigo exatamente nos países que possuem elevados subsídios à produção e exportação”.
Em ofício enviado ao Presidente da República e aos ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, da Agricultura, Reinhold Stephanes, e da Fazenda, Guido Mantega, a FAEP explica que os produtores brasileiros começaram agora a colheita e “já são prejudicados pela política cambial desfavorável e desigualdade de condições de competitividade com países vizinhos”.
“Trata-se de uma medida que vai restringir a ampliação da área plantada nas próximas safras e elevar a dependência do País à produção externa. Essa medida beneficia a produção de trigo exatamente nos países que possuem elevados subsídios à produção e exportação de commodities, em detrimento de uma política de incentivo e desenvolvimento a produção interna”, afirmou Meneguette. Para concluir, ele pede “coerência ao governo em sua política agrícola de combate ao subsídio nos países desenvolvidos, rejeitando toda e qualquer proposta de zerar a TEC”.