Caiu em 1,3% a estimativa da produção nacional de
cereais, leguminosas e oleaginosas para este ano. O levantamento, feito
em junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), aponta para uma safra em 2007 de 133,4 milhões de
toneladas. O recuo na produção, em relação
ao mês anterior, é resultado das geadas que atingiram o
Centro-Sul do País no final de maio e da estiagem que castigou
vários estados. Mesmo assim, a safra 2007 mantém-se 14%
acima da obtida em 2006 (117,0 milhões de toneladas).
O milho de 2ª safra teve produção
reduzida em 4% comparada ao mês de maio. As geadas no
Paraná e Mato Grosso do Sul prejudicaram a
produção com perdas de cerca de 10%, o que corresponde a
menos 600 mil toneladas.
O volume de cereais, leguminosas e oleaginosas foi
maior na região Sul, 60,5 milhões de toneladas. O
Centro-Oeste marcou 44,2 milhões de toneladas; Sudeste, 16,0
milhões de toneladas; Nordeste, 10,3 milhões de toneladas
e Norte, 3,0 milhões de toneladas. As colheitas de verão,
como milho e soja, encontram-se praticamente encerradas. As novas
observações estarão voltadas para as culturas de
inverno, como o trigo.
Com 29,1 milhões de toneladas, a safra
paranaense corresponde a 21,9% do total nacional. Assim o estado
é o principal produtor de cereais, leguminosas e oleaginosas,
numa área plantada de 8,2 milhões de hectares,
também a maior entre os estados brasileiros (18,2% do total).
Segundo o IBGE, o Sul responde por 44,9% da
produção nacional, seguido pelo Centro-Oeste (33,2%),
Sudeste (11,9%), Nordeste (7,8%) e Norte (2,3%). A
redução na estimativa de produção ocorreu
principalmente pelas variações negativas do feijão
em grão 1.ª safra, com queda de -7,7% em
relação à estimativa de maio, do feijão
2.ª safra (-2,7%), milho em grão 1.ª safra (-1,4%),
milho safrinha (4%) e soja em grão (0,4%).
A expectativa de produção de milho
safrinha no Paraná caiu 10%, segundo o IBGE. Mesmo assim, a
produção deve chegar a 5,1 milhões de toneladas,
45,7% acima do que foi produzido em 2006. A Secretaria de Agricultura
estima que pode haver quebra de 1 milhão de toneladas. Como a
área plantada aumentou 47%, a produção se
mantém acima da safra anterior.
Dentre os vinte e cinco produtos analisados,
dezessete apresentam variação positiva na estimativa de
produção em relação ao ano anterior:
algodão herbáceo em caroço (31,2%), amendoim em
casca 2ª safra (19,0%), batata-inglesa 1ª safra (22,6%),
batata- inglesa 2ª safra (8,0%), cacau em amêndoa (14,7%),
cana-de-açúcar (12,7%), cebola (4,2%), cevada em
grão (41,2%), feijão em grão 1ª safra
(16,0%), laranja (1,1%), mamona em baga (21,2%), mandioca (2,8%), milho
em grão 1ª safra (15,4%), milho em grão 2ª
safra (38,1%), soja em grão (11,3%), trigo em grão
(60,6%) e triticale (4,0%).
As variações negativas foram
pesquisadas para amendoim em casca 1ª safra (10,2%), arroz em
casca (4,4%), aveia em grão (37,1%), batata-inglesa 3ª
safra (2,1%), café em grão (15,1%), feijão em
grão 2ª safra (12,7%) e sorgo em grão (14,6%).