A vice-presidente de Secretaria da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, lançou no dia 10, no plenário do Senado Federal, um manifesto em homenagem ao ex-presidente da CNA, Antônio Ernesto de Salvo, falecido em 29 de junho. Na presença de diversos presidentes das Federações de Agricultura dos estados, a parlamentar defendeu a implantação de uma política agrícola permanente e estável, definida por ela como “Política Agrícola Antônio Ernesto de Salvo”.
“Propomos que se elabore e adote uma política agrícola nacional, com o estabelecimento de um conjunto de definições que garantam ao agricultor, dos grandes aos pequenos, orientação e segurança para plantar e colher, criar e multiplicar rebanhos, reconhecendo finalmente que a atividade rural no País não é um acidente econômico, mas um segmento vivo e permanente da sociedade brasileira”, enfatizou.
O diretor-financeiro da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), João Luiz Rodrigues Biscaia, representou a entidade na solenidade.
A Política Agrícola Antônio Ernesto de Salvo tem seu roteiro já pronto, “anotado de próprio punho por Antônio Ernesto e encontrado entre seus papéis na sua mesa de presidente da CNA”. Nessas anotações, ele resumiu sua visão panorâmica da agropecuária em cinco questões permanentes: ambiental, fundiária, indígena, trabalhista e o seguro de renda.
Ela reiterou a posição de Antônio Ernesto de Salvo em relação à reforma agrária, considerada como anacrônica e economicamente incapaz de oferecer resposta às exigências de produtividade da atividade rural. “Antônio Ernesto sempre disse profeticamente que a reforma agrária não é um fim para seus promotores, mas apenas um meio de agitação e propaganda e, naturalmente, para fazer caixa, drenando recursos públicos para suas organizações de fachada”, evocou.