O presidente da Associação
Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e
ex-ministro da Agricultura Pratini de Moraes alertou que, enquanto a
rastreabilidade não for obrigatória para todo o gado
brasileiro direcionado à exportação, o Brasil
não conseguirá abrir novas áreas de
comércio. Segundo ele, existem condições para
tanto. Porém, falta ação. A
informação é do jornal “A Gazeta”, de
Mato Grosso, do dia 26 de junho.
Pratini ainda disse que ninguém vai tirar do
Brasil a liderança nas exportações de carne. Ele
também acredita que todas as dificuldades serão
superadas. Porém, afirmou que o País precisa
começar, gradualmente, a impor regras aos outros países e
não somente ficar acatando decisões, como acontece
atualmente. As declarações foram feitas no dia 25 de
junho, em Cuiabá, durante o 3º Seminário Bolsa de
Mercadorias e Futuro (BM&F) e Federação de
Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), “Desafios
da Pecuária no Cenário Nacional”.
O ex-ministro defendeu que a rastreabilidade
é condição para que o Brasil abra novos mercados.
Mas, ressaltou que enquanto isso não acontece, outras medidas
precisam ser tomadas. Uma delas é concluir o episódio de
Mato Grosso, atingido por um foco de febre aftosa em outubro de 2005.
“Não há, no meu conhecimento, um episódio
tão demorado no País”, afirmou. A questão
ainda está na fase final dos procedimentos sanitários.
Para Pratini, não há mais motivos para protelar a
solução de um problema de dois anos atrás.
Outro ponto é “tirar nota 10” na
visita que uma missão européia fará ao Brasil em
novembro deste ano. Conforme Pratini, será um momento importante
para os países da União Européia (UE) conhecerem
as regiões do País e dar condições de
aberturas de novas áreas para exportação. Ele
ainda destacou que o crescimento da exportação de carne
do Brasil é grande e esse avanço tem preocupado a
concorrência.