Na atual safra, os preços
internacionais estão superiores às
médias históricas e são considerados
ótimos pelo mercado, mas quando convertidos para o real,
situam-se em patamares normais de preços nacionais, por
conta do câmbio com o real valorizado frente ao
dólar.
A
situação atual é agravada pelo aumento
verificado nos preços pagos pelos produtores em alguns
insumos como é o caso dos fertilizantes (ver quadro abaixo).
PRODUTO | 2002 (a) | 2006 (b) | 2007 (c) | Variação Acumulada (c/a) | ||
R$ | R$ | Var. % (b/a) | R$ | Var. % (c/d) | ||
Superfosfato Uréia Adubo 05-25-25 |
674,00 747,37 597,13 |
707,40 1137,34 781,67 |
+ 5 + 52 + 31 |
1.007,53 1.180,40 925,25 |
+ 42 + 4 + 18 |
+ 49,4 + 57,8 + 54,9 |
Apesar do câmbio
favorável para as importações,
ocorreram aumentos internacionais das matérias-primas, em
dólar, como acontece com o cloreto de potássio
que era importado por US$ 127,00 em 2002, incluído custo do
produto e frete marítimo e atualmente paga-se pelo mesmo
produto, nas mesmas condições, US$ 205,00.
Afim de reduzir essa pressão
sobre a produção rural, solicitamos que sejam
tomadas providências que amenizem estes impactos e o setor
possa buscar a normalidade pois estes fatores estão
corroendo os possíveis ganhos dos produtores e perpetuando a
crise do setor.
No gráfico 1 são
apresentados os preços recebidos pelos produtores para as
culturas da soja, milho e trigo ao longo dos últimos 7 anos.
Os valores foram corrigidos pelo IGP-M representando a
atualização pela inflação e
evidenciam a queda do valor real dos preços e portanto a
perda do poder de compra pelos produtores rurais.
No gráfico 2 observa-se a
evolução dos preços dos fertilizantes
de 2002 a março de 2007, indicando o aumento de 78% no
preço do Super-fosfato triplo, 46% no adubo formulado
00-20-20 e 58 % na uréia.