Deputado
defende liberdade |
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O deputado estadual Douglas Fabrício (foto)) defendeu na Assembléia Legislativa (13/03) a livre iniciativa do agricultor paranaense para plantar soja transgênica. Segundo ele, o Paraná irá produzir este ano 12 milhões de toneladas de soja, sendo que mais da metade, de 6 a 7 milhões de toneladas, será transgênica. "No entanto, os produtores rurais não vão usufruir das vantagens que essa semente proporciona simplesmente porque não poderão utilizar a tecnologia inerente à soja transgênica", afirmou. "Utilizando-se de uma lei estadual que regula a comercialização de defensivos agrícolas e exige o cadastramento de produtos, o Governo do Estado quer proibir o uso do glifosato", explicou. De acordo com o deputado, a Constituição Federal, em seu |
artigo 24, diz que ‘compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre vários assuntos, entre os quais a conservação da natureza, a defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição’. "No entanto, a competência é apenas no sentido de concorrer, isto é, contribuir, cooperar, ajudar, e nunca no sentido de opor-se. Assim, se a legislação brasileira diz que tal direito é válido o Estado não pode contrapor-se", disse Douglas Fabrício. "Se a legislação brasileira liberou o plantio da soja transgênica não é dado a nenhum Estado da Federação o direito de proibir. É esse conceito de direito que nos leva à questão mais relevante deste triste episódio: a Constituição Federal dá aos produtores rurais o direito de escolher o que quiserem produzir; governador nenhum tem o direito de tolher esta liberdade, como infelizmente tem ocorrido no Paraná". O deputado lembrou ainda que países da União Européia, Estados Unidos e Canadá comercializam a soja transgênica. "A rejeição dos transgênicos pelo mercado é, portanto, uma desculpa inaceitável". Fabrício afirmou também que esta atitude do governo estadual prejudica não apenas os produtores, mas o próprio Paraná. "A persistir esta situação os produtores continuarão sendo castigados. Castigadas serão também as populações do interior, cuja economia gira em torno da produção agropecuária. O Estado todo é prejudicado por essa teimosa posição do governo estadual". "Não pensem que a defesa dos direitos dos agricultores de plantar produtos transgênicos represente um desprestígio ao produto orgânico. Sou favorável ao desenvolvimento da ciência e ferrenho defensor da liberdade de iniciativa. Devo satisfação aos agricultores do Paraná". |
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Boletim Informativo nº 949,
semana 19 a 25 de março de 2007 |
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