CNA
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Em entrevista à Agência Estado, o superintendente técnico da Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA), Ricardo Cotta, contestou o crescimento de 3,2% no Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária apontado pelo IBGE. Segundo ele, a agropecuária não cresceu, e sim perdeu 2% em 2006. Os cálculos utilizados pelo IBGE, afirmou Cotta, não levaram em consideração os preços correntes pagos em 2006, mas os preços constantes do ano anterior. "Tivemos uma queda de 5% nos preços médios pagos ao produtor e os reflexos só não foram mais negativos porque a produção física no campo cresceu de 2% a 3%", disse. De acordo com Ricardo Cotta, a queda de renda do produtor, afetado por uma sequência de safras ruins e de preços baixos, afetou o desempenho da agropecuária em 2006. "Infelizmente, desta vez não contribuímos para o crescimento do PIB brasileiro." Para este ano, a expectativa é mais positiva. Ele prevê um crescimento de 5% na produção de grãos e de 3% na de leite, carne e ovos. "Vamos ter uma safra recorde e tudo indica que os preços serão melhores." Para o pesquisador Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), da Universidade de São Paulo, o agronegócio continua "salvando a lavoura" da economia. A confirmação de um crescimento "muito pequeno" no PIB indica uma virada concreta do setor depois de um longo período no vermelho. "Muito pequeno, é verdade, mas que insinua uma recuperação que pode se estender para o ano de 2007." O setor agrícola, segundo Barros, foi responsável pelo agronegócio ficar no azul, já que a pecuária continua em queda, embora um pouco menos acentuada. "Dentro da porteira, a agricultura está reagindo, mas a pecuária não", analisou. |
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Boletim Informativo nº 947,
semana 5 a 11 de março de 2007 |
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