Técnica diz que plantar milho
transgênico é ato ecológico

A diretora-executiva do CIB (Conselho de Informações sobre Biotecnologia), Alda Lerayer, afirmou na semana passada (15), em entrevista à Radiobrás, que plantar milho geneticamente modificado (transgênico) é um ato ecológico, pois requer menor uso de agrotóxicos. O conselho é uma organização não-governamental de defesa dos transgênicos. “Ao plantar milho transgênico há a redução de milhares de quilos de inseticidas nas plantações e isso é muito importante para o meio ambiente. Não há a necessidade de aplicação desses produtos no combate a lagartas, pois o milho já é resistente, por isso apresenta uma qualidade superior”, diz Alda Larayer.

A executiva afirmou que tem expectativa de o uso do milho transgênico seja liberado na reunião da CTNBio - Comissão Nacional Técnica de Biossegurança.

Ela lembrou que, antes de produtores, os agricultores são consumidores, portanto não iriam plantar algo que faz mal à saúde deles e da família. “Todos eles querem plantar, pois o custo de produção é menor, a qualidade é superior e diminui muito o risco de intoxicação (de quem lida diretamente com a plantação)”.

Ela esclareceu que qualquer produto transgênico antes de ser liberado para a comercialização passa por inúmeros testes, que avaliam aspectos de biossegurança (segurança das atividades que envolvem organismos vivos) e só são comercializadosa produtos considerados seguros para a saúde animal, humana e o meio ambiente.

Na visão da diretora-executiva do CIB, existe aí uma grande falta de informação. Segundo ela, os ambientalistas “disseminam inverdades, informações aleatórias, sem nenhum embasamento cientifico”, pois já está mais que comprovado que a coexistência do milho tansgênco com o convencional é possível.

“Os produtores de milho da França comprovaram que com dez metros de distância (entre uma plantação de milho transgênico e uma convencional) é o necessário para que se mantenha e se preserve a integridade das produções. Eles (o Greenpeace) passam mensagens baseadas na falta de informações das pessoas e isso causa medo, pois todos temem o desconhecido”.

Boletim Informativo nº 947 , semana de 5 a 11 de março de 2007
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná
  • voltar