Setor produtivo do trigo entrega
pleitos no Ministério da Agricultura

Representantes do setor produtivo do trigo entregaram nesta terça-feira, dia 13, ao ministro da Agricultura, Luis Carlos Guedes, documento contendo as propostas para o Plano Safra que inclui pedido de R$ 1,2 bilhão para custeio do grão, redução das taxas de juros do crédito rural e reajuste do preço mínimo do trigo de R$ 400,00 para R$ 470,00 a tonelada Tipo 1. O documento está disponível na página da FAEP - www.faep.com.br.

No mesmo dia, em Brasília, a Câmara Setorial de Cereais de Inverno, formada por representantes do governo federal e dos setores produtivo e indústrias

esteve reunida. Na pauta da Câmara Setorial foi discutida a conjuntura do mercado de trigo, medidas de apoio à comercialização e também uma tomada de posição em relação à pré-mistura da Argentina. O presidente da Comissão Técnica de Grãos da FAEP, Ivo Arnt Filho, esteve em Brasília e participou da reunião. Ivo Arnt disse que o produtor deve ter muita cautela quanto ao trigo este ano. "É muito importante o produtor acompanhar também qual será a política do governo para o trigo e a farinha de trigo nas próximas semanas", completou.



Tarifas da farinha
- Em Buenos Aires, as indústrias moageiras brasileiras solicitaram à Argentina que igualem a tarifa de exportação cobrada para a farinha (10%), pré-mistura (10%) e trigo (20%).

O país vizinho pediu rápida liberação de carregamentos de misturas de farinha de trigo argentina na fronteira do Brasil. Os assuntos ainda serão tratados pelos dois governos. Segundo matéria publicada na Gazeta Mercantil de 14 de fevereiro, a Argentina não cedeu aos pleitos dos moinhos brasileiros, de reduzir os subsídios e igualar em 20% as taxas de exportação cobradas para a farinha,

pré-mistura e trigo em grão. A tarifa de exportação é de 10% para a farinha e a mistura e de 20% para o trigo. Além disso, o moinho argentino paga apenas US$120 por tonelada de trigo, enquanto que o Brasil, um dos principais compradores do cereal do país do vizinho, paga US$ 190 a tonelada para importar o produto.

A intenção do Brasil é uniformizar as tarifas para permitir que a farinha chegue ao País com preços mais competitivos, já que a importação da farinha pronta torna-se mais vantajosa que a compra do trigo. Diante do fracasso na negociação, os moinhos do País prometem pressionar o governo para taxar a farinha pronta da Argentina em 31% e a pré-mistura em 36%. Mas o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informa ser inviável, pois as regras do Mercosul não permitem aplicar imposto de importação sobre qualquer produto dos países membros.

O secretário-executivo do órgão, Ivan Ramalho, disse, em nota, que o assunto voltará a ser discutido na próxima reunião da Comissão, sem data definida.


Boletim Informativo nº 946, semana 19 a 25 de fevereiro de 2007
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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