Programa Agrinho inicia
2007 com novidades

Na semana de 11 a 16 de fevereiro o SENAR-PR promoveu um curso para 35 formadores que irão atuar no Programa Agrinho como multiplicadores de novas pedagogias que estão sendo propostas na abordagem dos temas relacionados ao Programa. O evento é parte de uma série de inovações prevista para ir a campo este ano.

O material didático e a forma de trabalho foram reestruturados. As escolas receberão dois tipos de material. Um contando informações técnicas a respeito dos temas transversais e outro com metodologias de ensino propostas para o


Agrinho com as crianças

desenvolvimento dos projetos. O número de temas transversais abordados pelo Programa também aumenta. Serão sete os temas: Meio ambiente, Saúde, Trabalho e consumo, Ética, Pluralidade cultural, Temas locais e Educação sexual. Outra alteração relacionada ao material é que este não será mais dividido por temas e sim de acordo com a série cursada pelo aluno.



Palestra sobre sala de aula interativa no curso para
formadores do Programa Agrinho


   A semana de trabalho com os formadores incluiu palestras sobre o conteúdo dos temas transversais e sete metodologias de trabalho: mapas conceituais, aprendizagem colaborativa, uso educacional da Internet, pedagogia da transmissão e sala interativa, o processo de aprender, redes de conhecimento e linguagens, cultura e prática pedagógica. A coordenadora pedagógica do Agrinho, Patrícia Lupion Torres, que abordou o tema "mapas conceituais" durante o evento explica que após 12 anos de Programa em campo era preciso dar um novo passo: "A informação pela informação não se basta. Resolvemos avançar nesse processo de formação trabalhando com metodologias inovadoras

que permitem aos professores trabalhar com a informação sob a ótica da complexidade".

Marco Silva, sociólogo e doutor em Educação, falou sobre a sala de aula interativa: "Quando você convida o professor a "co-criar" com seus alunos a mensagem, ou seja, o conhecimento, você tem outro conceito em sala de aula diferente do velho esquema que é professor recitando informações que os alunos devem reter, ou seja, colocar em seu cadernos e repetir no dia da prova". O palestrante defende, entre outras coisas, que professores utilizem recursos que potencializem o papel do livro escolar: "Ter somente o livro didático em sala de aula, é muito pobre em termos de provocar situações interativas. Você precisa trabalhar também revistas, textos, jornais, Internet, teatro, ou seja, um emaranhado de situações que podem ser usadas para permitir que alunos e professor possam construir conhecimento".

De acordo com Silva o primeiro desafio é ter o grupo de formadores preparado para mudar essa postura em qual todos foram formados. Ter sensibilidade de negociar e construir soluções com os professores na perspectiva da interatividade. A participante Juçana Ângela Farina acredita que os resultados serão gradativos: "É um processo lento e gradual. Uma mudança de comportamento que começa com o próprio facilitador". Para Gisele Braile Turquino, que já trabalhava no Programa Agrinho, a reformulação é bem-vinda: "É importante a evolução do Programa Agrinho atendendo à grande necessidade da educação de qualificar o professor em relação à metodologia de trabalho e não somente conteúdo técnico".


Boletim Informativo nº 946, semana 19 a 25 de fevereiro de 2007
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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