Indicadores Pecuários Regionais MERCADO DE INSUMOS PECUÁRIOS
Fonte: CNA/CEPEA. CUSTO DE PRODUÇÃO - Acumulado em 2006
Fonte: CNA/CEPEA. No Paraná, o COE (desembolsos mensais) aumentou 5,30% no ano. Dentre as regiões pesquisadas, a centro-sul foi a que apresentou maior aumento de custos no ano: 8,07% (COE, desembolsos mensais). Nas regiões noroeste e nordeste, também foram observadas elevações,mas em percentuais menores. A mão-deobra participa com 25,06% dos custos efetivosneste Estado e o seu reajuste, em 16,67%, em abril - percentual aplicado ao salário mínimo - foi a principal causa do encarecimentoda produção em 2006. Apesar deste quadro de alta nos custos da atividade, o pecuarista, ao menos, não foi tão pressionado pela diminuição nominal da receita. Pelo contrário. A arroba do boi gordo (noroeste do Paraná) valorizou 8,35% em 2006. Veja nos gráficos abaixo, a situação dos demais Estados desta pesquisa. TERMÔMETRO DA PECUÁRIA em 2006
Evolução dos custos e do preço da arroba do boi nos nove Estados da pesquisa São Paulo foi o campeão em aumento de custos de produção em 2006, com 7,8% para o COE e 6,8% para o COT. O Pará, com 4%, teveo menor reajusteno custo efetivo.Em relação aos investimentos de longo prazo (COT), a menor variação acumulada, pouco menor que 3%, ocorreu no Rio Grande do Sul. No balanço geral, somente o produtor gaúcho e do Pará tiveramaumentos de custos semelhantes à inflação geral da economia brasileira medida pelo IGP-M, que fechou o ano com alta de 3,85%. Quando tomamos, para comparação, os gastos mensais, o COE, nenhum teve resultado menor ou equivalente à inflação. Quanto à arroba do boi, a maioria dos Estados teveum ano muito ruim. RS e PR foram os únicos os estados que conseguiram reajustes no ano superiores ao aumento dos custos, em 2006. Mesmo sem o impacto de novos casos de febre aftosa, os preços do boi, por mais um ano, não tiveram força para reagir. Comparando-se as médias de dezembro de 2006 às de dez/05, os aumentos foram mínimos para SP, MT, MS e RO. Em situação ainda pior estiveram MG, GO e PA, onde o acumulado foi negativo. Relação
de Troca: Arrobas de boi gordo necessárias para Ao analisar os últimos três anos, constata-se que o poder de compra do pecuarista em relação à uréia pecuária tevesignificativaredução no primeiro semestre de 2004. Em janeiro daquele ano, o valor da arroba era R$ 57,34 e da uréia, R$ 644,00. Significaque para a compra de uma tonelada de uréia era necessárias 12 arrobas. Já em maio, a arroba valia R$ 55,71 e a uréia R$ 899,00, uma relação de 16,70 arrobas. A perda em cinco meses foi de quase 40%. Esse patamar ruim para o pecuarista se manteveaté outubro de 2005, sendo que o pior momento ocorreu deu em novembro de 2004. Naquele mês, com a arroba a R$ 57,00 e a uréia a R$ 1.140,00/t, foram necessárias 20,70 arrobas/tonelada. Com a recuperação do real, os preços da uréia começaram a recuar, favorecendo retomada do poder de compra do pecuarista. Em setembro de 2006, por exemplo, chegou-se à melhor relação desde maio de 2004. Bastavam 14,13 arrobas/tonelada, uma vez que o preço médio da arroba no noroeste do Paraná foi R$ 55,70 e o da uréia, R$ 787,00.
PONDERAÇÃO DOS GRUPOS DE INSUMOS NO COE E COT
Fonte: CNA/CEPEA. METODOLOGIA: As variações do custo da pecuária de corte são formuladas mensalmente, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq-USP) em convênio com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Em reuniões com produtores rurais, denominadas Painéis, nos Municípios determinados pelo Cepea em conjunto com a Federação da Agricultura e Pecuária do Paraná, são obtidas informações locais sobre custos dos sistemas pecuários mais representativos, além das características de uma propriedade típica. São definidas cestas de insumos que expressam os gastos efetivos e totais da atividade, em cada região. O cálculo dos índices de cada parte do Estado é embasado no Índice de Preços Laspeyres, utilizando as variações mensais dos preços dos principais insumos da atividade pecuária. Informações mais detalhadas sobre a metodologia utilizada estão disponíveis nos sites da CNA (www.cna.org.br) e do Cepea (www.cepea.esalq.usp.br/boi). MERCADO PECUÁRIO
Fonte: CEPEA/ESALQ-USP * Valores a prazo; Indicador ESALQ/BM&F à vista, média mensal. Assim como em outros Estados, os preços do Paraná caíram em dezembro, encerrando o ano num cenário de poucos negócios e retração dos frigoríficos.Ainda que a oferta de animais para abate não fosse grande e as escalas não estivessem muito longas, o recuo comprador forçou novas baixas na arroba de boi e de vaca. O ano terminou com desânimo, principalmente dos produtores. Além dos problemas socio-econômicos resultantes da crise da aftosa no estado, pecuaristas não conseguiram recuperar os níveis de preços negociados antes da suspeitada doença, no início do ano. Apesar disso, em dezembro os preços do Paraná ficaram bastante próximos aos de São Paulo. EXPORTAÇÕES
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento |
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Boletim Informativo nº 945,
semana 12 a 18 de fevereiro de 2007 |
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