O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai propor a destinação de recursos do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem, na sigla em espanhol) para ações integradas de combate à febre aftosa e à melhoria de qualidade e agregação de valor aos produtos agropecuários dos países do bloco econômico. A proposta será apresentada pelo governo brasileiro durante a Reunião de Cúpula do Mercosul, que está sendo realizada neste final de semana (18 e 19) na cidade do Rio de Janeiro. A informação é da Agência Brasil.
Criado em 2004, o fundo tem um orçamento de US$ 100 milhões e serve para financiar projetos de industrialização e melhoria agrícola na região. Embora as maiores contribuições sejam do Brasil e Argentina, o Focem prioriza projetos desenvolvidos no Paraguai e Uruguai. Uma das principais preocupações dos países do Mercosul é erradicar a febre aftosa nos seus rebanhos bovinos. O bloco econômico é um dos principais exportadores mundiais de carne de gado.
“A erradicação da febre aftosa depende de ações conjuntas na região. Enquanto ela estiver presente no território de qualquer um dos seus sócios, os demais países do Mercosul também estarão susceptíveis a ter focos de aftosa”, disse o ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto.
De acordo com Guedes, o uso de recursos do Focem pode representar uma enorme contribuição para a criação de um programa conjunto de combate à doença no Mercosul. “Isso também serviria para impulsionar o lançamento de uma ação integrada de erradicação da doença em toda a América do Sul.”
Recentemente o ministro propôs à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), à Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e ao Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA) a elaboração de um projeto continental para combater a doença. “Temos que desenvolver um amplo e rigoroso programa para erradicar de vez a aftosa na América do Sul. Só assim as carnes produzidas na região conseguirão superar as barreiras sanitárias impostas pelo mercado mundial.”