Pecuaristas
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Nos próximos três anos, a Comissão Técnica da Bovinocultura de Corte da FAEP vai trabalhar em três principais projetos: Sanidade Pecuária, Capacitação dos Produtores e Comercialização. A definição de prioridades foi feita em reunião, na Federação, semana passada (11/12), com representantes de 25 regiões produtoras. A prioridade é a Sanidade Animal, em função da febre aftosa que foi trazida da zona infectada no Mato Grosso do Sul e gerou elevados prejuízos aos pecuaristas paranaenses, com perspectivas nada alentadoras para os próximos anos. Entendem os pecuaristas que praticar a sanidade animal como atividade é inerente ao seu negócio, e isso vem sendo feito com êxito nos últimos 10 anos, atingindo o percentual de 98% de vacinação. Os pecuaristas do Paraná comercialmente aportaram recursos financeiros próprios para formar o fundo para a bovinocultura de corte em 2001 e 2002 e proteger sua atividade. Mesmo após as indenizações pagas em 2005 pelo sacrifício dos animais em propriedades do Noroeste e Norte do Estado, há um saldo de R$ 14,6 milhões em conta do FUNDEPEC. Para o presidente da Comissão Técnica, Rogério Berger, "a nova missão dos pecuaristas paranaenses vai além de suas responsabilidades". "Vamos continuar insistindo na maior integração com os órgãos federal e estadual de Defesa Sanitária para trabalhos conjuntos, esperando que os governos cumpram o seu dever de fiscalizar as fronteiras e alguns ‘intocáveis’, como os trabalhadores sem terra, para que o Paraná possa recuperar e ampliar o status de Estado Livre de Aftosa", afirmou Berger. Isso, segundo ele, levará à valorização do rebanho bovino de corte do Paraná que se diferencia de outros estados, pela diversidade de raças que produzem carne de qualidade para diferentes mercados mundiais. Para a Comissão Técnica, a sanidade na bovinocultura de corte necessita de ações conjuntas no combate à brucelose, à tuberculose e à nova ameaça, a raiva bovina, que se alastra no Paraná por imposição de Lei Ambiental. Os pecuaristas do Paraná estão temerosos que, por falta de ações efetivas de responsabilidade dos Governos na área de sanidade animal, a bovinocultura de corte do Paraná seja inviabilizada. Um setor que representa 8 % do Valor Bruto da Produção Agropecuária do estado em 2004. A expectativa da Comissão é de que haja uma melhora na capacitação dos pecuaristas para administrar o seu negócio e sua propriedade em função dos treinamentos conduzidos pelo SENAR-PR nos últimos anos e que devem ser intensificados. Segundo Rogério Berger, "as ações com vistas a aperfeiçoar a comercialização serão fundamentais em razão da perda de competitividade da bovinocultura de corte do Paraná após a aprovação pelo Supremo Tribunal de Justiça nos últimos dias da ADIN impetrada pelo Governo de São Paulo que aumentou as alíquotas de ICMS nas operações de venda para fora do Estado". |
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Boletim Informativo nº 940,
semana 18 a 24 de dezembro de 2006 |
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