Portos
do Brasil estão à beira |
Excesso de burocracia, custos acima do padrão internacional e falta de ações básicas para a manutenção dos portos - como a dragagem para manter a profundidade dos berços onde os navios atracam - encabeçam a lista de problemas que podem levar o Brasil a um apagão logístico caso a economia volte a crescer com vigor. O alerta partiu da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), que após uma vasta pesquisa sobre as condições dos portos brasileiros, constatou que o país não tem como crescer com sustentabilidade se não criar urgentemente um plano logístico para os próximos anos. Segundo a CNT, o Brasil está limitado a operar 50 mil contêineres por dia nas condições atuais. Hoje, o país já movimenta mais de 40 mil. "A realidade brasileira nos entristece muito. Dos 54 portos brasileiros, não conseguimos encontrar um sequer que pudesse ser comparado aos portos internacionais", afirmou ao jornal Correio Braziliense o vice-presidente da CNT, Meton Soares. O retrato feito pela confederação só não é mais dramático, na opinião dos pesquisadores, porque boa parte da estrutura foi privatizada, o que reduziu parte dos custos e aumentou a eficiência da operação. Apesar disso, a diferença de custos em relação aos mais importantes portos do mundo, como o holandês Roterdã e o de Antuérpia, na Bélgica ainda é grande. Segundo Soares, o custo de movimentação de um contêiner em Antuérpia é metade do cobrado no Brasil. Mas, quando os portos eram estatais, o custo era ainda mais desnivelado, chegando a seis vezes o padrão internacional. |
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Boletim Informativo nº 939,
semana 11 a 17 de dezembro de 2006 |
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