Comissão
de hortifrúti debate
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A Comissão Técnica de Hortifruticultura reuniu-se dia 21 de novembro na sede da FAEP, em Curitiba, para debater Panorama da Comercialização de Frutas Hortaliças e Linhas de Crédito para Frutas e Hortaliças. O administrador Luiz Carlos Pacheco afirmou que setor agrícola é muito eficiente na produção, os produtores brasileiros são capazes de alcançar grandes produtividades, competirem no mercado externo com os enormes subsídios e tornarem economicamente viáveis suas propriedades mesmo com políticas que não o ajudam em nada. Ele concluiu que é dada importância demasiada |
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apenas a um dos setores que alicerçam o empreendimento rural, o setor produtivo e ressaltou com veemência que há outros setores que devem receber a mesma atenção, o setor administrativo e o de comercialização. A propriedade é uma empresa e deve comportar-se como tal, ou seja, não deve ficar à mercê da intervenção de políticas governamentais, deve ter um bom controle gerencial e investir em maketing. Portanto, os investimentos também devem ser direcionados visando a inserção em mercados a fim de abrir novos canais para o escoamento da produção. Tem sido dada importância à comercialização de produtos extraídos de frutas com um certo valor agregado. A mesma importância deve ser dada a comercialização de frutas in natura, bastando apenas o aumento de qualidade de apresentação, feito por meio de classificação e apresentação. A fruticultura é uma área promissora no setor agrícola, existe um grande pontencial reprimido na demanda de frutas pois o mundo volta, cada vez mais, suas atenções à saúde. Prova disso foi o anúncio da FAO sobre os malefícios causados pelo baixo consumo de frutas. O mercado interno é canal de comercialização a ser explorado. Os produtores devem dar o primeiro passo para o aumento da qualidade das frutas comercializadas no País e assim alavancar o consumo interno. A certificação da produção é a prova da melhoria da qualidade do produto. Sendo assim, o consumidor, que se torna cada vez mais exigente, dará grande atenção neste sentido e buscará frutos sem resíduos de produtos químicos, rastreado e com procedimentos monitorados. O cooperativismo também deve ser explorado como forma de canalização de produção e consumo. É importante que a cooperativa se comporte como uma empresa com a eficiência privada. Para tal, é imprescindível um líder capacitado, que gerencie a associação como se fosse sua. Outro assunto em pauta foram as linhas de crédito para frutas e hortaliças. Os representantes do Banco do Brasil, Sérgio Mantovani e José Chemin, apresentaram a preocupação da instituição na injeção de recursos em empreendimentos que, além de economicamente viáveis, sejam social e ecologicamente corretos e resultem em um sistema sustentável. O programa de financiamentos intitulado de "Desenvolvimento Regional Sustentável" prevê a liberação de crédito a partir de diagnósticos. Em consequência dos mesmos, faz-se a articulação dos agentes da cadeia produtiva objetivando, por meio do incremento e melhoria da cadeia produtiva da fruticultura, uma propriedade com as características supra citadas Outro objetivo é mudar o atual cenário que viabiliza 75% dos recursos para o milho e a soja. A fruticultura, horticultura, reflorestamento, produção orgânica, cafeicultura e bovinocultura de leite são setores que atraem a atenção do Banco do Brasil para a diversificação dos financiamentos. Os financiamentos vão de 1% a 8,75% a.a. e público alvo é: mini e pequenos produtores rurais (agricultura familiar), médios e grandes produtores rurais, cooperativas (agricultura empresarial), agentes intermediários, supermercados, agroindústrias, empresas exportadoras e processadoras de frutas. |
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Boletim Informativo nº 938,
semana 4 a 10 de dezembro de 2006 |
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