Estudantes
de Porecatu lembram
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O Sindicato Rural de Porecatu se uniu à Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e à Cooperativa dos Cafeicultores de Porecatu – Cofercatu na comemoração ao Dia do Rio, 24 de novembro. Com a ajuda de estudantes de duas escolas do município, o grupo propôs a recomposição de um trecho de 3 hectares de vegetação ciliar em uma propriedade cortada pelo Ribeirão Capim, que deságua no Rio Paranapanema. Acompanhe a reportagem na íntegra: Gabriela Silveira, de oito anos, plantou o sonho de ser médica. Thiago de Sousa Santos, dez anos, de ser dançarino. Adriana Lino de Oliveira e Amanda Santos, ambas com nove, de serem professoras. |
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Todos participaram da comemoração do Dia do Rio, ontem, na beira do Ribeirão Capim, em Porecatu (85 km ao norte de Londrina). |
O que uma coisa tem a ver com outra? "Quando eu crescer, essa árvore vai estar grande e eu já vou ser dançarino de hip hop’’, esclarece o menino. Gabriela, pensativa, também percebe que plantando árvores e preservando a natureza vai ajudar os seus futuros pacientes a ter melhor qualidade de vida. ‘’Não tinha pensado nisso ainda, mas é verdade’’. As futuras professoras, já exercitam o ofício. "Esta é uma muda de angico’’, ensina uma para a outra. Juntas, plantaram mais de dez mudas. "Quando eu chegar em casa vou contar para minha mãe’’, aponta Amanda. Junto delas, outras 45 |
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crianças de duas escolas municipais de Porecatu - Escola Padre Franco Pasini e Escola Maestro Honório Maestreli - forraram de novas mudas nativas os três hectares da fazenda Valverde, que ainda estavam sem cobertura na mata ciliar. "Essa fazenda tem 61 hectares de mata ciliar nativa, só faltavam estes três para completarmos. Ao todo, temos 26% da nossa área total preservada’’, aponta o proprietário, Luiz Henrique Fernandes. A iniciativa do plantio foi do Sindicato Rural de Porecatu e da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, em parceira com a Cooperativa dos Cafeicultores de Porecatu (Coofercatu), Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-PR). Ao todo, nos próximos dias, serão plantadas cerca de quatro mil mudas. As espécies nativas escolhidas são cedro rosa, pau d’alho, aroeira pimenta, amendoim, acácia, amoreira, louro pardo, ipê roxo e outras. O Ribeirão Capim tem 53 quilômetros de extensão, nasce entre os municípios de Jaguapitã, Miraselva e Prado Ferreira, passa por Florestópolis e Porecatu e deságua no rio Paranapanema. "A gente espera, com esta iniciativa, estimular a consciência e conservação ambiental que é tão importante, ainda mais em uma região agrícola como a nossa’’, afirma o secretário municipal de agricultura, Carlos Alberto Dias. A presidente do Sindicato Rural, Ana Tereza Ribeiro, destaca que a proposta de envolver os produtores é importante para a preservação. "A cana-de-açúcar, principal produto plantado por aqui, exige bastante do solo. Mas já existem técnicas para garantir uma terra saudável. Com a conservação da mata, tudo melhora’’. Diante de tantas boas intenções, a aluna Aline Laiza dos Santos Souza, nove anos, dava lição de cuidado com a natureza enquanto esperava uma muda: "Depois de plantar, é preciso proteger essa arvorezinha. Tem que regar, arrumar sempre a terra dela para que possa crescer, virar árvore grande e proteger o rio’’. |
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Boletim Informativo nº 938,
semana 4 a 10 de dezembro de 2006 |
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