Agronegócio
terá saldo de US$ 41,5 |
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A balança comercial do agronegócio registrou saldo de US$ 35,58 bilhões, de janeiro a outubro de 2006, apresentando resultado 11,0% superior em relação ao saldo verificado no mesmo período de 2005, de US$ 32,06 bilhões. O saldo do agronegócio representa 94% do saldo total da balança comercial brasileira no período. As receitas de exportação do agronegócio cresceram 13,0%% nos 10 meses do ano, alcançando a cifra de US$ 40,89 bilhões. Projeta-se para o agronegócio, em 2006, exportações totais de US$ 48,0 bilhões e importações de US$ 6,5 bilhões, com o saldo das transações externas do setor ficando em US$ 41,5 bilhões, superior em 8,0% ao saldo de 2005, de US$38,4 bilhões. Novamente se constata, no entanto, que o ritmo de crescimento das exportações do agronegócio é inferior ao crescimento de 17,3% das exportações do total da economia brasileira. O descompasso entre as diferentes taxas fez com que diminuísse o peso do agronegócio nas exportações, que caiu de 37,5% de janeiro a outubro de 2005, para 36,1%, no mesmo período de 2006. O forte crescimento das exportações do setor do açúcar e álcool tem compensado a estagnação das exportações do complexo soja e de carnes, permitindo manter praticamente o mesmo ritmo das exportações do ano anterior, apesar da apreciação cambial. No mesmo período do ano anterior, as exportações tinham crescido 9,6% e o saldo 10,3% em relação a igual período de 2004. Quanto às importações de produtos agropecuários, o valor importado apresentou expressivo crescimento de 28,5%, alcançando US$ 5,31 bilhões, de janeiro a outubro de 2006, contra US$ 4,13 bilhões, no mesmo período do ano anterior. As exportações do complexo soja, que continuam liderando as exportações do agronegócio, apresentaram pequeno crescimento de 1,4%, com as exportações evoluindo de US$ 8,18 bilhões, nos 10 meses de 2005, para US$ 8,29 bilhões, nesse ano. Esse aumento foi ocasionado pelo incremento de 4,4% na quantidade exportada, uma vez que os preços estão 2,9% inferiores ao do mesmo período do ano passado. É importante destacar que continua a tendência, já registrada nos últimos anos, de aumento das exportações de grãos e redução das exportações de farelo e óleo, devido basicamente às distorções tributárias existentes no complexo. Projeta-se para 2006 uma exportação total de US$ 9,23 bilhões, em todo o complexo soja, inferior em 2,5% ao valor exportado no ano passado, de US$9,47 bilhões. A crescente participação da soja em grão nas exportações deve ser o principal fator responsável por essa redução. As exportações do complexo carnes, no período, englobando carne bovina, aves e suína, também estão praticamente estáveis em relação ao ano anterior, embora o comportamento seja diferenciado por segmento. No caso da carne bovina, as exportações aumentaram 22,9%, devido principalmente a uma elevação de 15,9% nos preços externos. As exportações de carne de frango continuam com tendência de queda, diminuindo 10,1% de janeiro a outubro, em decorrência da redução de 8,5% do volume exportado. A retração do consumo na Europa, maior mercado consumidor do produto brasileiro, vem afetando o desempenho das exportações do setor. O destaque negativo no complexo carnes, no período, foi a carne suína, cujas exportações caíram 16,5%, devido principalmente à redução dos embarques para a Rússia, como conseqüência do embargo imposto por aquele país, principal mercado consumidor da carne suína do Brasil. O setor sucroalcooleiro continua sendo o grande destaque positivo, com as exportações crescendo 59,1% no período, atingindo US$ 6,16 bilhões. Este crescimento se deve à acentuada elevação dos preços do açúcar e álcool no mercado internacional, de 56,5% e 63,9%, respectivamente. Outros produtos com crescimento expressivo das exportações, nos primeiros 10 meses do ano, são os produtos florestais (+10,4%), com destaque para papel e celulose (20,7%); fumo e seus derivados, com aumento de 17,7% e suco de frutas (suco de laranja), com uma elevação de 27,6%, devido principalmente ao aumento das cotações internacionais do suco de laranja, ocasionado por problemas climáticos ocorridos na Flórida, Estados Unidos. A expansão das exportações de café, que tiveram expressivo crescimento de 42,16% no último ano, está ocorrendo num ritmo inferior, com as exportações aumentando 9,5% em relação aos níveis do ano anterior. Quanto as importações, o aumento foi de 28,5% em relação ao período de janeiro a outubro do ano passado, alcançando US$ 5,31 bilhões. A razão principal para esse incremento foi o barateamento do custo dos produtos importados pelo câmbio favorável, além da elevação de 46,5% nas importações de trigo. A safra nacional desta cultura reduziu em quase 20% e houve significativo aumento das importações para complementar o abastecimento interno. |
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Fonte: MAPA |
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Boletim Informativo nº 938,
semana 4 a 10 de dezembro de 2006 |
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