Syngenta |
Para FAEP,
desapropriação |
O presidente da Federação da Agricultura do Paraná (FAEP), Ágide Meneguette, disse que a desapropriação da fazenda da empresa de pesquisas da Syngenta é um precedente perigoso porque pode ser interpretada como uma senha para novas invasões em instalações de pesquisa agropecuária no Paraná. "Será que depois disso não há riscos de invasões nos centros de pesquisa do Iapar e da Embrapa?," questiona Meneguette. Segundo ele, com esta medida o Governo do Estado debocha da Justiça porque desrespeita a decisão de reintegração de posse da fazenda. Cerca
de 100 famílias ligadas ao movimento multinacional Via Campesina ocuparam
novamente a fazenda da empresa, em Santa Tereza do Oeste. O Movimento
declarou que não houve ocupação, "já que as famílias apenas
teriam retornado a uma área onde haviam cultivado". A primeira invasão da área aconteceu em 14 de março deste ano e reuniu cerca de 800 integrantes da multinacional Via Campesina. Eles usaram como justificativa o plantio e manipulação de sementes transgênicas dentro da chamada zona de amortecimento (proteção) do Parque Nacional do Iguaçu, o que era proibido na época. Recentemente, o governo federal mudou de dez quilômetros para 500 metros a faixa de proibição de plantio de transgênicos em áreas de preservação permanente. A Syngenta alegou, também, que as atividades do centro de pesquisa dentro da unidade de Santa Tereza do Oeste, com sementes de soja e milho geneticamente modificadas, incluindo as áreas com plantio dessas sementes, seguem integralmente a legislação vigente no Brasil; e também que a empresa possui o Certificado de Qualidade em Biossegurança emitido pela CTNBio (CQB 001/96), o que lhe autoriza a realizar atividades de pesquisas com plantas OGMs na área. |
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Boletim Informativo nº 936,
semana de 20 a 26 de novembro de 2006 |
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