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Safra de
soja dos EUA é reavaliada |
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Safra de
soja dos EUA é reavaliada |
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Relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de novembro reavaliou a produção norte-americana de soja para 87,20 milhões de toneladas, significando um aumento de 420 mil toneladas em relação ao relatório de outubro passado (86,78 milhões de toneladas). Os números divulgados ficaram dentro do esperado pelo mercado que trabalhava com uma avaliação próxima de 87,77 milhões de toneladas. A produtividade média é de 2.889 kg/ha. O consumo previsto é de 52,97 milhões de toneladas. O estoque final passou de 15,11 para 15,38 milhões de toneladas. A relação estoque final/consumo é de 29%. A produção mundial passou de 224,59 para 224,97 |
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milhões de toneladas. O consumo mundial previsto é de 221,06 milhões de toneladas. O estoque final foi projetado em 55,22 milhões de toneladas. A relação estoque final/consumo mundial é de 24,9%. Para o Brasil, o USDA manteve os mesmos números do relatório de outubro, como produção em 56 milhões de toneladas; o consumo de 29,93 milhões de toneladas; as exportações de 25,90 milhões de toneladas sinalizam um recuo do Brasil nas exportações mundiais, passando de 40% (2005/06) para 37% (2006/07). Também para a Argentina foram praticamente mantidas as estimativas anteriores: produção de 41,30 milhões de toneladas; consumo interno passou de 33,50 para 33,80 milhões de toneladas e as exportações foram reajustadas para 35,34 milhões de toneladas, contra 35,04 milhões de toneladas (outubro/2006). Estoques finais revistos para 17,40 milhões de toneladas. As projeções de preços para a safra 2006/07 estão previstos para média dentro do intervalo de US$ 5,40 a 6,40/bushel (US$ 11,91/saca a 14,11/saca). A partir de 26 de outubro houve ciclo de alta na Bolsa de Chicago, resultado da presença agressiva dos fundos de investimentos (carona no suporte de alta para o milho e para o trigo). Ocorre que o trigo e milho têm sinergia, o quadro internacional do trigo influenciou o mercado do milho e por conseqüência o de farelo de soja (complexo rações puxou a alta das últimas semanas). O preço da soja em outubro teve suporte na alta combinada do trigo e do milho (valorização no mercado internacional), haja vista os estoques apertados de trigo e a forte influência que esses preços mantêm entre si (trigo,milho, soja). Embora o relatório tenha sido considerado neutro, a Bolsa de Chicago teve um dia de oscilação mediante a maior força vendedora, com repercussão nos preços. Na quinta-feira, dia da divulgação do relatório, os contratos para janeiro/06 foram negociados a US$ 14,49/saca contra US$ 14,68/saca do pregão do dia anterior, um recuo de US$ 0,19/saca. Na sexta-feira (10) as operações na Bolsa de Chicago encerraram o pregão com preços mais baixos, haja vista a perda de ritmo dos preços dos demais grãos aliada à força vendedora e também a previsão de clima favorável na América do Sul. Os contratos para o primeiro vencimento, novembro/06 fecharam em US$ 14,36/saca. Porém na terça-feira (14), as operações em Chicago fecharam com preços mais altos acompanhando o mercado do milho e o trigo. Encerraram em US$ 14,46/saca, com ganho de US$ 0,10/saca. SOJA
Milho –
Relatório USDA reflete nos preços do Foi feita também uma reavaliação dos números de oferta e demanda mundial de milho. A produção mundial foi reduzida de 689,14 milhões toneladas para 688,73 milhões de toneladas. O consumo foi revisado para 723,27 milhões de toneladas, as exportações passaram de 81,28 para 80,81 milhões de toneladas, Os estoques finais passaram de 89,54 milhões de toneladas para 90,0 milhões de toneladas. A relação estoque final/consumo mundial é de 12,4%. A produção norte-americana para a safra 2006/07 registra uma queda mais acentuada de 277,0 milhões para 272,93 milhões de toneladas, embora este número seja abaixo das expectativas do mercado; o consumo caiu de 154,85 milhões de toneladas para 153,68 milhões de toneladas e os estoques finais reajustados de 25,29 milhões para 23,76 milhões de toneladas. A produção da Argentina foi mantida em 17,50 milhões de toneladas, consumo interno de 6,10 milhões de toneladas, exportações de 11,50 milhões de toneladas e estoque final de 960 mil toneladas. O USDA retificou a produção da China, passando de 141 milhões para 143 milhões de toneladas, o consumo foi mantido em 141 milhões de toneladas e os estoques finais passaram de 31,30 milhões para 33,36 milhões de toneladas. Os contratos para o primeiro vencimento, novembro/06 fecharam o pregão cotados a US$ 8,27/saca/ contra US$ 8,45/saca do fechamento do dia anterior, uma queda de US$ 0,18/saca, embora a leitura do relatório tenha sido entendida como de alta para o milho. Os preços registram acomodação no curto prazo. O "olhar do mercado" está voltado para o plantio das próximas safras dos Estados Unidos, porquanto o cereal necessita de acres de outras culturas para atender a demanda adicional de etanol. MILHO
Trigo – USDA
promove reajuste na A produção mundial de trigo, segundo o USDA, passou de 585,14 milhões para 586,81 milhões de toneladas, tendo como pano de fundo a quebra da produção da Austrália. As correções foram efetuadas nas produções da Austrália, União Européia, Rússia e Ucrânia. Houve aumento de produção na Rússia, România e Ucrânia e queda de produção na Austrália e União Européia. Acontece que o relatório de novembro não considerou a quebra na produção chinesa na safra 2006/07, porquanto não existe uma confirmação da retração na produção e o USDA manteve a estimativa em 103,50 milhões de toneladas. O mercado aguardava uma redução no entorno de 10 milhões de toneladas, o que poderia provocar uma nova alta de preços para o trigo. O consumo mundial passou de 613,07 milhões para 615,05 milhões de toneladas. Os estoques finais foram revisados para 118,83 milhões de toneladas, o menor estoque desde 1995/96. A relação estoque/consumo é de 19,3%.Os Estados Unidos têm estimativa de produção de 49,32 milhões de toneladas, consumo previsto em 31,16 de toneladas e estoque final estimado em 11,38 milhões de toneladas. Os contratos de trigo para dezembro/06 foram negociados a US$ 4,88/bushel, correspondente a US$ 10,75/saca, uma queda de US$ 0,35/saca em relação ao fechamento do dia anterior. A Bolsa de Chicago fechou o pregão da sexta-feira (10) com queda nas cotações, de acordo com o mencionado; há um cenário pessimista nas exportações que se irradia para as cotações do grão, provocando queda e também um recuo generalizado nos mercados da Bolsa de Chicago. Ainda assim, as cotações de trigo são as mais altas dos últimos dez anos. TRIGO
Gilda Bozza Borges |
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Boletim Informativo nº 936,
semana de 20 a 26 de novembro de 2006 |
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