Comissão
de Grãos da FAEP |
As conjunturas da soja, trigo, crédito e seguro rural no Paraná foram temas da reunião da Comissão Técnica de Grãos, Financiamento da Produção e Proagro da FAEP, no dia 6 de novembro, em Curitiba. O encontro teve palestras sobre questões relacionadas ao funcionamento da subvenção do seguro agrícola e a liberação de recursos do custeio para a nova safra. Ivo Arnt Filho, presidente da Comissão, trouxe informações do Seminário Internacional de Trigo, realizado em Natal (RN), de que participou em meados de outubro. Arnt explicou que o baixo estoque mundial deve demorar ainda dois anos para ser recuperado. Ou seja, a próxima safra de trigo no Brasil indica bons preços até maio de 2008. No |
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mercado interno, os moinhos necessitam comprar trigo do produtor nacional, desde que segregado, para fabricarem as mesclas para a produção de massas e farinhas, pois os trigos importados são "muito fortes". A compra interna está com volume aproximado de 3,5 milhões de toneladas ao ano. |
Análises indicam necessidade de cautela Se para o trigo o quadro é promissor até maio de 2008, o cenário do ano que vem para a soja até se mostra mais favorável mas não vai resolver a situação do produtor que está com duas safras "penduradas". |
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aquecimento dos preços médios e inverter a curva descendente de preços. No entanto, Gilda Bozza alerta que "o cenário para 2007 se mostra mais favorável, mas não vai resolver a situação, uma vez que o produtor de soja está com duas safras penduradas". Seguro
agrícola O gerente de seguros da Mapfre Seguros, Luiz Pereira, explanou sobre o funcionamento do seguro Colheita Garantida. A Mapfre participa do Programa de Subvenção Econômica do Prêmio do Seguro do Governo Federal. A subvenção é de 50% para as culturas de soja, milho e algodão, limitados a R$ 32.000,00 por CPF/CNPJ, e de 30% para as culturas de amendoim e cana-de-açúcar, também limitados a R$ 32.000,00 por CPF/CNPJ por safra. A seguradora opera em todos os municípios do Paraná e não é ligada diretamente a bancos. O produtor pode fazer o seguro agrícola mesmo que tenha utilizado recursos próprios. Segundo Inácio Mantovani, representante da Superintendência de Agronegócio do Banco do Brasil (BB), o banco tinha meta de contratar perto de 100% do custeio da safra de verão 2006/07 até o final de outubro, mas como houve um grande volume de prorrogações de dívidas, o banco conseguiu liberar em torno de 50% do volume e contratos previstos para a agricultura empresarial. Em torno de 14.432 contratos e R$ 594 milhões foram liberados até o dia 26 de outubro, tudo com juros anuais de 8,75%. A previsão é que a liberação de recursos deslanche em novembro. Diferentemente dos anos anteriores, quando só atendia os clientes, nesta safra o BB pretende atender também os produtores que não estiverem operando com crédito rural nas suas agências. As renegociações de custeio e investimento estão praticamente encerradas, com o índice de 99,29% dos contratos prorrogados. Quanto à contratação do custeio de trigo no BB, apenas em 2006 dos 7.223 contratos liberados, em torno de 3 mil produtores tinham acionado o Proagro. Dados do Banco do Brasil - Paraná Renegociação de Dívidas do Agronegócio Custeio e Investimento
Refinanciamento de CPR
Contratação da Safra 2006/2007 Agricultura empresarial
Agricultura Familiar e Proger
Histórico das contratações de trigo no BB
Carlos Eduardo Rodrigues, da Aliança do Brasil, apresentou o programa de Seguro Agrícola do Ciclo 2006/2007. Entre as novidades, 94 municípios do Paraná que tinham produtividade segurada apenas na faixa de 50% passam a ter agora a opção da cobertura de 60% da produtividade segurada. Além disso, a seguradora reviu a produtividade de 61 municípios que tinham discrepâncias nas médias de produtividade de soja. Outros diferenciais em relação aos anos anteriores: - Não há aplicação de franquia; - O produtor deve obrigatoriamente fazer seguro vinculado à liberação do custeio, mas o valor segurado é de no mínimo o financiado. - Pode ser feito o seguro de toda a propriedade, desde que o produtor financie toda a área ou parte dela no Banco do Brasil; - Produtores que já liberaram o custeio entre julho e setembro, podem ainda contratar o seguro. As principais condições para aceitação do seguro: - Adesão às recomendações do Zoneamento Agrícola do MAPA, observando época de plantio, cultivares e tipo do solo; - Obrigatória a utilização de semente certificada ou fiscalizada relacionada na portaria do MAPA; - Não ser a cultura implantada no 1º ano de abertura, recuperação de cerrados ou pastagens; - Não ser cultura intercalar ou consorciada; - Obrigatória a apresentação da cópia da 1ª via das notas fiscais em nome do segurado, em nome da propriedade, e do croqui da área segurada. Ao final da reunião, a Comissão propôs que o Banco do Brasil adote um crédito rotativo automático para liberação de custeios de até R$ 50 mil. O intuito é reduzir a burocracia, agilizar a liberação dos recursos e baixar os custos de formalização dos contratos. Para Ivo Arnt Filho, "o trabalho da Comissão ganha cada vez mais importância na medida em que tem representatividade de produtores de todo o estado e acompanha uma grande diversidade de questões relacionadas com o setor." Os integrantes têm a oportunidade de expor as dificuldades de cada região "que servem de subsídio para a FAEP na defesa política dos interesses dos produtores", complementa Pedro Loyola, economista do DTE/FAEP. |
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Boletim Informativo nº 935,
semana de 13 a 19 de novembro de 2006 |
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