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O jornal Gazeta do Povo, em parceria técnica com a FAEP, começou a publicar na semana passada (10/10) uma série de reportagens (fac-simile ao lado) com as perspectivas para a Safra 2006/2007 – intenção de plantio, custos de produção, área com transgênicos, infra-estrutura e armazenagem, tendências de mercado. O trabalho de fôlego foi feito durante quase um mês de viagens pelo interior do Paraná, ouvindo produtores, dirigentes e autoridades ligadas ao agronegócio. O resultado começou a ser publicado no caderno "Caminhos do Campo" na semana passada, dia 10, e sairá em outras três terças-feiras de outubro. A primeira edição abordou a intenção de plantio e os custos de produção. A primeira série de reportagens mostrou que o |
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produtor, descapitalizado, deve financiar, em média, de 80% a 90% do orçamento da lavoura. Historicamente, o custeio é feito com 1/3 de recursos próprios, 1/3 é contratado nos bancos e a outra terceira parte com tradings ou cooperativas. A diferença nesta safra é a contratação do custeio somente pela taxa de 8,75% (crédito rural). A modalidade do mix de recursos a juros livres não está sendo praticada. O custo de alguns dos principais insumos utilizados na lavoura registra queda de 7% a mais de 30%, conforme levantamento dos órgãos oficiais. O menor preço dos insumos não significa, no entanto, igual redução no custo de produção. O reflexo direto no desembolso para a atividade é sempre menor. Isso, porque itens como o óleo diesel, por exemplo, que representa cerca de 10% desse custo, e as despesas com mão-de-obra aumentaram. Área - Apesar da sondagem apontar para uma redução na área global de plantio, a produção deve ficar 1 milhão de toneladas acima do ano/safra anterior. O clima e a redução no custo dos principais insumos utilizados na lavoura dão novo ânimo aos produtores que, depois de acumular bilhões de reais em perdas por causa da estiagem e da crise cambial, ensaiam uma retomada, ainda que modesta, do setor que responde por 1/3 do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. "Durante os 23 dias da viagem ao Paraná que produz, ficou a impressão de que o produtor está otimista, confiante e que aposta todas as fichas numa safra de recuperação. É como se a agricultura estive em xeque: o setor volta a crescer ou então mergulha numa das maiores e mais graves crises do agronegócio moderno", analisa o jornalista Giovani Ferreira. Para a FAEP, a parceria é uma oportunidade de fornecer ao agricultor do Paraná subsídios fundamentais para tomada de decisões e planejamento. "É uma ação feita in loco, direto com os produtores e em tempo real, que deve trazer um bom resultado para o planejamento da nova safra e também como forma de medir o tamanho da crise que o setor enfrenta", analisa o diretor-financeiro da FAEP, João Luiz Rodrigues Biscaia. Para ele, o projeto também consolida um espaço para a agropecuária na mídia paranaense e oferece argumentos para o produtor negociar melhores condições em seu negócio. As etapas da viagem aconteceram entre os dias 18 e 22 de setembro (regiões Centro-Oeste e Noroeste), 25 a 29 de setembro (regiões Oeste e Sudoeste); 30 de setembro (região Central) e 2 e 3 de outubro (região dos Campos Gerais). A expedição "Rumos da Safra" tem a parceria da Federação da Agricultura do Paraná (FAEP), e contou com o acompanhamento de um técnico da Federação e outro da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). |
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