Conab/grãos |
Estimativa
da safra brasileira |
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou no último dia 5 o primeiro levantamento de intenção de plantio para a safra de grãos 2006/2007. O Brasil deverá colher entre 117,7 e 120,6 milhões de toneladas. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto. Se confirmado o volume superior, o resultado será 0,6% maior que a safra passada (119,9 milhões de toneladas). Caso o número seja o inferior, a redução será de 1,8%. Entre os responsáveis pelo crescimento na |
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produção se destacam a soja (53,5 a 55,0 milhões de toneladas), o milho (41,9 a 42,9 milhões de toneladas), algodão em caroço (1,9 a 2,0 milhões de toneladas) e algodão em pluma (1,2 a 1,3 milhão de toneladas). Haverá queda na colheita de arroz, que será de 11,29 a 11,56 milhões de toneladas, contra as 11,58 milhões de toneladas da safra anterior. Quanto à área plantada, o estudo indica uma retração entre 5,3% e 3,3%, saindo de 47,3 milhões de hectares na safra 2005/2006 para um intervalo entre 44,7 e 45,7 milhões de hectares. Essa diminuição reflete-se, principalmente, na soja (1,7 a 1,1 milhão de hectares), milho 1ª safra (325,2 a 107,3 mil hectares) e trigo (611,9 mil hectares), que se encontra em fase de colheita. Já as áreas destinadas ao algodão e ao arroz apresentaram crescimento. A área plantada de algodão deve crescer entre 107,1 a 157,9 mil hectares e de arroz, entre 12,7 a 71,7 mil hectares em relação ao que foi cultivado na safra anterior. O ministro destacou o aperfeiçoamento do levantamento realizado pela Conab e o apoio do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). "As previsões da Conab agora consideram o comportamento climático nos próximos três ou quatro meses, com base num conjunto de informações como temperatura, pressão e movimento da atmosfera nos oceanos", explicou. Segundo o ministro, a probabilidade é de comportamento normal do clima, com efeitos do El Nino fracos e moderados, conforme previsão do Centro de Pesquisas Espaciais de São José do Campos. Trigo – Guedes informou que em relação ao trigo houve ume redução de 25,9% na área plantada, diminuição de 32,4% na produtividade e 49,9% de queda na produção. "Houve uma situação muito adversa para o trigo, como estiagem no início do plantio no Paraná, temperaturas reduzidas no Paraná e no Rio Grande do Sul e estiagem em São Paulo e no Mato Grosso", explicou. Além disso, a redução da área deve-se à descapitalização do produtor devido ao baixo nível de preço. Quanto
à necessidade de importação do produto, o ministro acredita que ela se
dará de forma tranqüila, pois os preços estão baixos devido ao
equilíbrio da oferta do produto no mercado internacional. "A nossa
dependência pelo trigo importado é histórica, porque é um dos poucos
produtos em larga escala em que o Brasil não tem vantagem competitiva em
relação a outros países produtores, como Argentina e Canadá". |
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Boletim Informativo nº 932,
semana de 16 a 22 de outubro de 2006 |
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