Clima
Fenômeno El Niño evita
estiagens
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O El Niño, fenômeno climático decorrente do aquecimento das águas do Pacífico, vai interromper o ciclo de prolongadas estiagens no período da safra de verão no Paraná. Mas como nesse ano o El Niño está num nível fraco, as chuvas ainda ocorrem de maneira irregular, sujeitando as diversas regiões paranaenses a pequenos períodos de 15 a 20 dias sem chover. Segundo o meteorologista Luís Renato Lazinski, do Instituto Nacional de Meteorologia, "o comportamento do clima na próxima safra vai ser bem melhor, mas ainda longe do ideal, como foi em 2002/2003, quando as chuvas foram |
abundantes, bem distribuídas e propiciaram alta produtividade nas lavouras". No ano passado, lembra o meteorologista, a estiagem pegou as lavouras no meio do desenvolvimento. "Entre dezembro e janeiro, na região dos Campos Gerais, por exemplo, tivemos 56 dias sem chuva e altas temperaturas. Esta situação não deve se repetir", afirma. Quanto aos curtos períodos de estiagem, de até três semanas, Lazinski disse que eles são mais prováveis no Centro-Norte do estado, mas não é possível saber de antemão quando isso deve acontecer. Um dado importante, observa, que deve ser levado em conta pelo produtor, é que o El Niño pode provocar chuva acima da média em março, na época de colheita. Escalonar o plantio pode ser uma boa opção, para evitar a pressa para colher em tempo de chuva. Neste mês de outubro, já sob influência do El Nino, as temperaturas devem sofrer variações significativas, com altos e baixos, mas sem probabilidade de geada. "O verão será mais quente um pouco do que o normal no Paraná, mas nada que se pareça com o clima tórrido de janeiro deste ano", completou. O Rio Grande do Sul e Santa Catarina serão os estados mais beneficiados pelo El Niño, com maiores volumes de chuva durante a safra de verão. |
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Boletim Informativo nº 931,
semana de 9 a 15 de outubro de 2006 |
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