Com liberação do acesso
ao Porto, |
Os produtores paranaenses devem cultivar com soja transgênica até 50% da área total reservada para a cultura na safra 2006/2007, que começa a ser plantada neste mês. A expansão da soja modificada geneticamente se explica pelo fato de o custo de produção ser mais barato enquanto o preço pago ao produtor é igual ao do produto convencional. O fato de a Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABPT) ter conseguido liberar na Justiça a exportação de soja modificada através do Porto de Paranaguá, também deve incentivar os produtos a investirem neste tipo de produto. A previsão da rápida expansão da soja trans- |
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gênica no Paraná, nesta safra, é da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). Segundo dados da Ocepar, cerca de um terço da safra 2005/2006 foi de soja transgênica. A Secretaria Estadual de Agricultura estimou a produção de soja modificada em 20% da área plantada. Para a próxima safra, a Seab informou que não tem como estimar o que será transgênico porque ainda não foi realizado o plantio. A Seab calcula que a área plantada seja 7% maior que no ano passado, atingindo 3,91 milhões de hectares. O gerente técnico-econômico da Ocepar, Flávio Turra, acredita que o aumento na área plantada não será muito significativo porque os preços pagos ao produtor devem ficar muito semelhantes aos deste ano. ‘’O produtor está descapitalizado com a estiagem, a geada e as adversidades climáticas que ocorreram nesta safra e com os preços baixos. Com isso, o agricultor deve investir menos em soja’’, disse. |
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Neste ano, o Paraná produziu 9,26 milhões de toneladas de soja. Para a próxima safra, a previsão da Seab é de 11,76 milhões de toneladas, ou seja, 27% a mais. Não será, na verdade, um aumento de produção mas, um retorno aos patamares normais de produtividade. Flávio Turra acredita em um aumento na cotação da soja no mercado internacional para o próximo ano. O produto pode chegar a 6 dólares por bushel (cada bushel equivale a 27,2 quilos). Hoje, o produto está em um patamar de 5,60 dólares por bushel. Neste ano houve uma realocação dos destinos de exportação de soja transgênica. Com isso, o Porto de Paranaguá deixou de ser o maior exportador e perdeu para o Porto de Santos. Os exportadores ainda procuraram outros destinos como o Porto de São Francisco (SC). ‘’Houve uma mudança de logística por parte dos exportadores. Eles já descobriram o caminho alternativo’’, disse Turra. O assessor técnico-econômico da Faep, Carlos Augusto Albuquerque, acredita que pode até haver aumento da área plantada mas, como os produtores estão endividados e não terão recursos suficientes para investir em tecnologia, insumos e fertilizantes, a produtividade não deve crescer. |
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Boletim Informativo nº 931,
semana de 9 a 15 de outubro de 2006 |
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