O desempenho das exportações de frango de corte no Paraná, com um crescimento de 82% no faturamento, em agosto, marca a recuperação do setor depois da fase mais crítica do medo internacional da influenza aviária. Em julho o mercado já havia notado um crescimento de 9%, fechando em US$ 57.298.640,00 comercializados. Em agosto o valor dos embarques chegou a US$ FOB 104.318.622,00.

Em termos de volume, também houve crescimento expressivo de 86,52%, atingindo 97.821.452 quilos contra 52.443.352 quilos exportados em julho.

"Acabou o medo internacional da Influenza Aviária. E esta recuperação começa a se consolidar com a Comunidade Européia, África do Sul, Emirados Árabes e Rússia que apresentaram crescimento nas exportações do Paraná", afirma Domingos Martins, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar).

A recuperação dos embarques sinaliza a possibilidade de o Paraná alcançar o primeiro lugar na exportação de carne de frango, hoje o estado está apenas atrás de Santa Catarina. "Já somos os maiores produtores de frango de corte, temos um bom número de plantas habilitadas para exportação, temos acesso à tecnologia e por isso podemos ser o maior exportador", avalia Domingos Martins.

Para evitar riscos de transmissão de doenças, a Secretaria da Agricultura baixou uma resolução que proíbe a entrada de galinhas de descarte no Paraná. A mesma resolução, Nº 094/2006, também impede a venda ambulante de qualquer ave no estado. Ou seja, é o fim das feiras do frango vivo. O documento foi assinado pelo secretário da Agricultura, Newton Pohl Ribas, durante o I Encontro de Jornalismo e Avicultura de Corte, dia 15 de setembro, em Maringá. Ficam excluídas da proibição as aves procedentes de estabelecimentos certificados pelo Plano Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) do Ministério da Agricultura, originárias de estados com as mesmas normas e situação sanitárias que o Paraná, assim como as aves que se destinam a estabelecimentos de abate com Serviço de Inspeção Federal (SIF). Essas aves têm de estar acompanhadas de Guia de Trânsito Animal (GTA).