Maringá
Jornalistas conhecem
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Numa iniciativa para fortalecer e aprimorar o conhecimento dos jornalistas em relação às cadeias do agronegócio, foi realizado dias 13 e 14 de setembro, em Maringá, o I Encontro de Jornalismo e Avicultura de Corte. O seminário reuniu mais de 20 profissionais da Imprensa do Paraná e contou também com jornalistas convidados de Safras & Mercados, do Rio Grande do Sul, e do Avisite, de São Paulo. Os painéis trataram dos conceitos básicos sobre a avicultura de corte, dados de produção, procedimentos sanitários e o cenário comercial |
da avicultura no Brasil e no mundo. Foi uma oportunidade para jornalistas dos principais veículos de Imprensa do estado conhecerem em detalhes uma atividade econômica em que o Paraná se sobressai, sendo o maior produtor de frango de cortes do país e o segundo maior exportador. A cadeia produtiva da avicultura de corte paranaense gera 50 mil empregos diretos e outros 500 mil indiretos. Entre os especialistas que apresentaram o setor do frango de corte aos jornalistas estavam Ícaro Fiechter, diretor-executivo do Sindiavipar; Odilon Baptista, chefe da seção de Sanidade Avícola da SEAB; Inácio Kroetz, secretário-executivo do Conselho de Sanidade Agropecuária do Paraná (Conesa); Hélio Schorr, gerente de Exportação da Big Frango; Pedro Henrique de Oliveira, gerente técnico da Unifrango e Valmir Kovaleski, delegado-regional do Ministério da Agricultura. Participação – O Paraná, com 1,052 bilhão de cabeças de pintainhos alojados, participa com 22,41 % da produção de frangos do Brasil, exportando 790 mil toneladas (27,63%), totalizando receitas de R$ 4,0 bilhões entre aves e frango de corte. Durante mesa redonda realizada no final da tarde entre jornalistas e representantes da cadeia produtiva de frango ficou claro que o modelo de integração adotado atualmente é muito eficiente em função da parceria realizada entre indústrias e produtores. Os produtores independentes praticamente desapareceram. Essa eficiência na integração foi destacada pelo presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, e pelo gerente de exportações da Bi Frango, Hélio Schorr. Indagado sobre a escala mínima ideal para o produtor ter uma remuneração suficiente para viver da avicultura, Domingos citou o alojamento de 25 mil aves. Escala menor, adotada até agora pela maioria das empresas de integração, exigem que o avicultor tenha outras atividades para complementar a sua renda. Sanidade – Não há a doença influenza aviária no Brasil e as chances de aparecer são mínimas, afirmou no encontro o secretário executivo do Conesa, Inácio Kroetz. Ele enfatizou que, em função da importância econômica da avicultura no agronegócio, o governo e a iniciativa privada estão preparados para o improvável surgimento da doença. Se chegar ao Paísl, virá através das aves migratórias com origem no Pólo Norte, que se deslocam a regiões específicas do Brasil permanentemente monitoradas pelos técnicos da defesa sanitária. E se isso ocorrer, as chances de chegar a um aviário são muito remotas por causa dos sistemas de prevenção. Vários palestrantes insistiram na necessidade de desfazer o mito de que são usados hormônios na alimentação de frangos. Além de ser proibida por lei, a prática é econômica e tecnicamente inviável. Um frango vai para o abate com pouco mais de 40 dias, enquanto hormônios de crescimento levam pelo menos 60 dias para completar o ciclo no organismo. Também é inconcebível, disse Inácio Kroetz, "imaginar funcionários pegando milhares de pintainhos, um a um, para aplicar injeções de hormônio". O seminário terminou com visita à planta do abatedouro Frangos Canção, que abate sete mil aves por hora e exporta para mercados diferenciados como Japão, Oriente Médio, Hong Kong e Egito. I Encontro de Jornalismo e Avicultura de Corte foi realizado pela Unifrango Agroindustrial, com apoio do Sindiavipar, da Avipar e da Associação dos Jornalistas do Agronegócio do Paraná (AJAP). |
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Boletim Informativo nº 929,
semana de 25 de setembro a 01 de outubro de 2006 |
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