Crise na agricultura derruba
preços das terras no Paraná

O preço das terras agrícolas no Paraná caiu neste ano na comparação com 2005. A desvalorização alcançou uma média de 9%, segundo os dados computados até aqui pelo Departamento de Economia Rural (Deral) - órgão vinculado à Secretaria da Agricultura. Reportagem do jornal Folha de Londrina (de 12/09/06) aponta que os maiores recuos se deram no Norte do Estado, especialmente, na região de Londrina, onde o preço da terra roxa caiu mais de 28%.

Uma série de fatores interligados contribuiu paraessa redução. Os principais, na avaliação do Deral, são a queda no preço da soja - produto usado como referência para atribuir valor às terras -, a desvalorização do dólar e a descapitalização do produtor.

As variações negativas ficaram na faixa dos 20% a 25%, principalmente, no valor da terra roxa e em regiões pontuais. Nos solos misto e arenoso, a desvalorização foi menor. Com a queda no preço da soja, consequentemente, o parâmetro de avaliação aumentou. Na região norte, onde a queda foi mais acentuada, o solo que era cotado em 1 mil a 1,2 mil sacas de soja por alqueire, passou a valer até 2 mil sacas. Isso, em áreas pequenas e bem localizadas.

Na região de Umuarama (noroeste do Paraná), por exemplo, onde o solo roxo teve desvalorização de 20,5%, a queda no preço do boi também exerceu influência por ser uma região essencialmente pecuarista.

Segundo informações do Deral, os preços médios pesquisados podem servir como um referencial por município, não como valor mínimo ou máximo, pois cada propriedade rural tem suas características próprias quanto ao tamanho, localização, vias de acesso, topografia, hidrografia, tipo de solo, capacidade de uso do mesmo e grau de mecanização. 


Boletim Informativo nº 928, semana de 18 a 24 de setembro de 2006
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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