relatório de julho (15,2 milhões de toneladas). A relação estoque final/consumo para a temporada 2006/07 é de 15,4%. As exportações norte-americanas permaneceram em 29,7 milhões de toneladas. A produtividade média estimada é de 2.663 kg/ha, sinalizando, se confirmada, uma quebra de 8,5% em relação à produtividade de 2.909 kg/ha registrada na safra 2005/06.

O USDA prevê uma produção de 217,7 milhões de toneladas contra 220,2 milhões de toneladas do relatório de julho. O consumo mundial passou para 220,1 milhões e as exportações mundiais foram

reajustadas para 69,2 milhões de toneladas contra 70,6 milhões de toneladas previstas em julho. Os estoques mundiais foram reduzidos de 53,0 milhões de toneladas para 49,9 (menos três milhões de toneladas). A relação estoque/consumo mundial ficou em 22,7%.

   Com relação ao Brasil, foram mantidas as estimadas do relatório de julho, ou seja: produção de 56 milhões de toneladas, consumo de 30,7 milhões de toneladas, exportações de 25,4 milhões de toneladas. Os estoques finais permaneceram praticamente estáveis, passando de 16,71 para 16,68 milhões de toneladas. Vale ressaltar que os prêmios de exportação da soja registram elevação, valendo atualmente US$ 1,23/saca, equivalente a R$ 2,63/saca. Conforme especialistas, esse aumento pode ser resultado das primeiras estimativas de redução de área plantada na safra 2006/07, em função dos custos de produção, valorização do real e

também do endividamento do produtor.

Para a Argentina, a produção foi mantida em 41,3 milhões de toneladas, o consumo passou de 33,1 milhões de toneladas para 34,5 milhões de toneladas, as exportações foram reduzidas de 9, 27 milhões de toneladas para 7,8 milhões de toneladas e estoques finais revisados para 15,2 milhões de toneladas.

As projeções de preços para a safra 2006/07 apontam preço médio entre US$ 11,02/saca e US$ 13,23/saca, equivalentes a R$23,80 e R$ 28,58/saca, respectivamente (dólar a R$ 2,1600/US$).

Contrariamente às expectativas de alta, que deveria ser impulsionada pelo relatório do USDA, a Bolsa de Chicago permanece com cotações mais baixas. Os preços mais baixos ocorrem em função das condições climáticas favoráveis ("mercado do clima"), porquanto houve uma melhora nas condições de umidade dos solos; aos movimentos especulativos de venda e ainda ao consenso vigente no mercado que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos deverá elevar as estimativas da safra norte-americana nos próximos relatórios.

SOJA - QUADRO MUNDIAL

(milhões de toneladas)

Departamento Técnico Econômico
Gilda Bozza Borges - Economista

Boletim Informativo nº 925, semana de 21 a 27 de agosto de 2006
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná