Agronegócio
ainda sustenta |
O saldo da balança comercial do agronegócio somou US$ 23,033 bilhões no período de janeiro a julho deste ano, um crescimento de 7,71% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o superávit havia sido de US$ 21,383 bilhões. Entre janeiro e julho, segundo dados do Ministério da Agricultura, as exportações agrícolas renderam US$ 26,595 bilhões, valor recorde, e crescimento de 9,6% na comparação com o resultado do período anterior. No acumulado do ano, os gastos com importações cresceram 23,3%, totalizando US$ 3,562 bilhões. |
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Carnes. As vendas externas de carne bovina in natura cresceram 4,6%, resultado de preços 16% superiores. Mas houve retração de 10% no volume. E as vendas externas de carne de frango in natura diminuíram 36%, resultado de uma queda de 30% na quantidade exportada e redução de 8,6% nos preços em relação a igual período do ano anterior. As exportações de carne suína também tiveram retração. Em relação a julho de 2005, a quantidade exportada do produto diminuiu 38,7%, enquanto os preços subiram 7,9%. Paraná concentra perda de faturamento das Cooperativas Uma análise da queda de faturamento do setor de cooperativas, feita a partir do "Anuário Exame do Agronegócio 2006-2007", mostra que entre as 150 empresas do agronegócio no Brasil, 11 cooperativas associadas às produções de grãos, cereais e fibras, apresentaram queda no faturamento bruto no comparativo entre 2005 e 2004, de R$ 2,25 bilhões ou uma queda de 17%. Entre as 11 cooperativas listadas, sete estão no Paraná e registraram uma queda no faturamento bruto de R$ 1,97 bilhão, um recuo de 20%, passando de R$ 9.66 bilhões (2004) para R$ 7,69 bilhões (2005), representando 76% da queda no faturamento total do setor em 2005. O estudo comparativo foi feito por Marcos Fava Neves, professor associado da FEARP/USP, e Evaristo Marzabal Neves, professor titular da ESALQ/USP. Os autores foram citados em reportagem da Revista Agroanalysis, de julho de 2006, que aborda o "efeito dominó" da crise agropecuária nos demais setores industriais. Eles chamam de "demanda derivada" o fato do setor da agroindústria de "antes da porteira" depender da saúde financeira e do fôlego de "dentro da porteira". As principais variáveis elencadas que afetaram o setor de grãos, estão a queda nos preços internacionais; a valorização do real; a elevação dos custos de produção; o emprego de menor tecnologia; a repactuação de dívidas; a estiagem nas principais regiões produtoras do país; e a incidência de pragas e doenças (ferrugem asiática). n
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Boletim Informativo nº 924,
semana de 14 a 20 de agosto de 2006 |
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