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Liderança rural ganha novo
estímulo com o PER Fase 3

Até o fim deste ano mais de mil empreendedores rurais devem ter passado pela Fase 3 do PER, voltada ao desenvolvimento de lideranças. O resultado deste trabalho que foi a campo no ano passado já começa a se desenhar no interior do estado com uma maior participação dos participantes no sistema sindical e associações de produtores, entre outros.

Bom exemplo disto é a história do empreendedor Silvio Battistela, de Realeza, sudoeste do estado. Em 2003, o produtor que junto com a esposa Carmem administra uma propriedade de 18 hectares, fez a Fase um do PER. 

O projeto desenvolvido com outros dois colegas era incremental, com o objetivo de melhorar a principal atividade do produtor, a pecuária de leite. Desde que implantou o projeto que previa inovações como Fase três, que seria melhor ainda, só teria a acrescentar", comenta Silvio que se diz satisfeito com os temas vistos na terceira etapa do PER.

Segundo o produtor, foi o Programa que o ionfluenciou a assumir a presidência do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Realeza. Membro do conselho há três anos, no final do ano passado passou a encabeçar o grupo que reúne 30 representantes de comunidades rurais locais com o intuito de trabalhar pelo desenvolvimento rural. "Esse curso inspira a gente. Você quer brigar para melhorar as coisas e quando se tem informação, você tem mais força", diz Battistela , reforçando que o trabalho na área de liderança é possível porque sua empresa rural está "caminhando bem". A esposa Carmem, companheira na administração da propriedade apóia o marido: "Nossos objetivos estão encaminhados e a gente se entende conversando".

Eleito para um mandato de dois anos, Silvio relaciona algumas conquistas do Conselho: "Conseguimos que a administração municipal fizesse contratações na área de assistência técnica rural e desenvolvemos um projeto municipal na área de leite para entregar as autoridades para que possam planejar políticas de melhoria para o setor". 

 


Empreendedores do Paraná 
são destaque na imprensa

Mais uma vez o trabalho de participantes do Programa Empreendedor Rural vira notícia nas páginas do suplemento agrícola do jornal O Estado de São Paulo. Na edição que quarta-feira, 2 de agosto, sob o título "De produtor a empresário rural" empreendedores do Paraná serviram de personagem para a matéria. Cleonice e Izabel Scalabrin, empreendedoras premiadas de Realeza, contaram sobre o projeto do orquidário, desenvolvido durante a Fase um do PER, pelo qual a produção e comercialização de orquídeas deve se tornar a principal fonte de renda da família daqui a dois anos.

O segundo exemplo vem de Sertaneja, norte do estado, onde o produtor Rudiger Boye, após cursos de administração, PER e muitos cálculos, decidiu trocar o mercado de commodities (onde como pequeno produtor tem de competir com os grandes) e passar a investir em seringueira, pupunha, palmeira real e eucalipto. De acordo com os cálculos do produtor, em sete anos terá um retorno de 39%.

 

O coordenador do Per pelo SEBRAE-PR, Onildo Benvenho, entrevistado na matéria dá três recomendações aos produtores rurais. Primeiro, que tenham visão de mercado. Segundo, que conheçam os custos de sua atividade e, finalmente, que façam planejamento do futuro.

História

Durante o ano de 2004 tiveram início também as reuniões que marcariam a segunda fase do Programa Empreendedor Rural em campo. Por meio de reuniões informais entre participantes, instrutores e facilitadores promove-se o semear de uma confraria de empreendedores rurais. Na pauta, problemas em comum e alternativas de solução. O desafio resultou na realização em mais de 100 reuniões ao longo do ano, congregando grupos de diferentes municípios. 

 

Radar 

A pesquisa realizada junto a empreendedores rurais um ano após o término do curso prevê uma série de perguntas abertas, onde é permitida mais de uma resposta por entrevistado. Quando perguntados sobre suas expectativas na realização de negócios nos próximos cinco anos, entre as alternativas que receberam maior número de respostas figuram:

1º. Elaborar novos projetos
2º. Ampliar a produção
3º. Desenvolver negócio próprio
4º. Investimento em benfeitorias
5º. Melhorar a tecnologia

Na análise dos especialistas que acompanham os resultados da pesquisa, a importância dada à elaboração de projetos vem do fato de ser este a base do Programa, ferramenta pela qual o PER se consolida e o conhecimento é posto em prática pelos participantes. A segunda opção, "ampliar a produção" também está ligada aos projetos que em grande parte são incrementais, ou seja, procuram otimizar aspectos da atividade já desenvolvida e não partir para uma nova atividade. 


Boletim Informativo nº 923, semana de 7 de agosto a 13 de agosto de 2006
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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