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Empreendedor Rural
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Pés no chão e qualificação como
chave para desenvolvimento

Em novo capítulo no livro "Desenvolvimento agropecuário: da dependência ao protagonismo do agricultor", Polan Lacki reconhece a família rural como recurso mais importante e decisivo como agente de desenvolvimento. A partir do desenvolvimento humano, o autor traça uma série de princípios estratégicos e metodológicos como passo-a-passo par alcançar modelo de autogestão eficiente nas propriedades rurais.

Priorizando a capacitação das famílias rurais como ferramenta essencial para o desenvolvimento 

agropecuário, Lacki defende que as causas e soluções para os problemas que afetam o setor estão mais nos seres humanos que nos recursos materiais, mais no trabalho eficiente do que no capital abundante, mais nas mudanças de atitudes que nos fatores externos. A boa notícia é que o autor detalha como o produtor pode promover essas mudanças: "Se não se oferece às famílias rurais efetivas oportunidades para que tomem consciência do seu próprio potencial e das potencialidades do seu meio, que estejam motivadas e desejosas de se superar e capacitadas para solucionar tais problemas, simplesmente não haverá desenvolvimento", diz Lacki.

Outro aspecto destacado no livro é o pragmatismo. Iniciar pela solução dos problemas mais simples, de menor custo e menor risco e à medida que for conquistando autoconfiança, partir para questões mais complexas. "É necessário ter uma visão empresarial, na qual se aproveite ao máximo toda a oportunidade de utilizar recursos, de aumentar a produção e a renda, e se reduza ao mínimo as possibilidades de gastos, ociosidades, perdas, riscos e vulnerabilidades. A propriedade será encarada e desenvolvida com uma visão globalizadora e um enfoque holístico", explica.

Por fim são citados atividades e investimentos em conjunto, como meio de estimular a cooperação, a solidariedade e o compromisso pelo desenvolvimento da comunidade. "Ao estimular a organização, é preferível partir de grupos autóctones, naturais ou informais já existentes e só avançar na formalização dos mesmos, na medida em que seja realmente necessária e desejada pelas famílias rurais".

Os pontos defendidos pelo autor vêm, mais uma vez, de encontro aos objetivos do Programa Empreendedor Rural em suas três fases. Como participante do PER, o que tem a compartilhar com o autor e seus colegas empreendedores. Acesse www.empreendedorrural.com.br leia o nono capítulo do livro e dê sua opinião.

 

Radar

Em relação à armazenagem de produtos, no início do treinamento 45% dos participantes adotavam a prática enquanto 31% não. Após um ano, aumentou para 48,7% o índice dos que estocam e para 39,5% dos que não estocam. O que diminui é o número de produtores que optou pela alternativa "não se aplica" durante a entrevista.No marco zero, o motivo principal para não estocar produto – para 36% dos participantes – era o compromisso com contrato de fornecimento e após um ano o motivo passou a ser

"investir na propriedade" para 45,7% dos participantes, o que comprove mudança no comportamento dos empreendedores. No marco zero, o principal motivo para estocar produtos é a espera de época de melhores preços no mercado para 48% dos que estocam. Após um ano o índice passa para 57,1%. Esta variável ajuda a compreender como o PER desenvolveu um comportamento empreendedor, provocando mudança de estratégias comerciais dos participantes que vendem diretamente no mercado.

História

No dia 26 de julho de 2004 teve início o terceiro semestre de atividades do PER Fase um, com a teleconferência de abertura em que especialistas envolvidos na elaboração do material detalham aos participantes como se dará o andamento do curso. Foram mobilizadas 117 turmas no estado, totalizando 2.748 inscritos. A essa altura o PER I já somava três semestres de atividades, 381 turmas e quase 9 mil participantes inscritos.


Boletim Informativo nº 919, semana de 10 a 16 de julho de 2006
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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