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O
"Cenário Orgânico" fez parte da programação da Semana dos
Alimentos Orgânicos, que mobiliza vários estados com o objetivo de
esclarecer a sociedade sobre o que é um produto orgânico para que o
consumidor considere, na hora da compra, questões relacionadas a
questões sociais, ambientais e de saúde.
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Visitantes conheceram aspectos da cadeia
produtiva dos orgânicos
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O
Sistema FAEP foi parceiro da Prefeitura de Curitiba na realização do
evento que ocupou um espaço de 400m2 anexo ao Mercado Municipal que
serviu de "vitrine pedagógica" da cadeia produtiva dos
orgânicos. O público visitante teve acesso a uma série de informações
e curiosidades sobre o setor de orgânicos. A vedete foi uma maquete 80m2
representando uma propriedade orgânica, que chamou a atenção de
crianças e adultos.
Na
avaliação dos expositores, o evento foi uma oportunidade de
apresentar o que a agroecologia do
Paraná produz e esclarecer dúvidas do público
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consumidor. O produtor de
orgânicos Mauro Passos está otimista com a atividade: "Acho que é
a alternativa para o pequeno agricultor. Primeiro porque você tem
diminuição de custos porque não tem tanta entrada de insumos". Ele
e a família, cinco pessoas ao todo, cultivam caqui, uva e amora no
sistema orgânico em 15 alqueires em Campina Grande do Sul, onde também
é feito o processamento de parte da produção: "São mais ou menos
20 toneladas de caqui, 70% é processado e 30% comercializado in natura.
Fazemos de 4,5 a 6 mil potes de geléias por mês", calcula o
produtor que afirma que consegue agregar valor também ao produto in
natura porque as frutas são todas selecionadas e embaladas.
A
propriedade tem certificação nacional e a família busca agora um selo
internacional: "O interesse, mais para frente, é trabalhar com
exportação".
A
produtora Elizabete Borgo, de Almirante Tamandaré, trabalha com a ajuda
das duas filhas e um funcionário há nove anos na produção orgânica de
olerícolas. "Além da produção de vegetais, trabalhamos com a
produção de processados. Temos laticínios, pães, massas, geléias e
compotas. Então a gente fecha o ciclo porque não há desperdícios.
O
que não é vendido in natura é processado". Na opinião da
produtora o mercado está evoluindo: "A abertura de novos pontos de
venda já é importante. Trabalho também com o sistema de entrega em
domicílio. A pessoa liga, faz o pedido e a gente entrega em casa. É
outro canal de comercialização".
O
Paraná é um dos mais expressivos pólos de produção orgânica entre os
estados brasileiros. São mais de 4 mil agricultores envolvidos
diretamente na atividade, com uma área total cultivada de 11 mil hectares
e produção de 75 mil toneladas de produtos alimentícios por ano. Em
nível nacional o mercado de orgânicos registrou nos últimos dois anos
um crescimento da produção de 50% ao ano, grande parte, cerca de 70% da
produção, é destinada ao mercado externo. De acordo com dados da
Fundação Getúlio Vargas – FGV, nos últimos seis anos, o mercado de
orgânicos no mundo saltou de U$ 10 bilhões para US$ 25 bilhões em
movimentação financeira.
No
Brasil, no mesmo período, os negócios envolvendo produtos orgânicos
passaram de U$ 50 milhões para U$ 300 milhões, e a produção nacional
passou de 40 mil toneladas por ano para 300 mil toneladas.
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