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Empreendedor Rural
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Programa é apresentado em
universidade da Argentina

A viagem técnica dos premiados do PER à Argentina não incluiu apenas visitas a iniciativas empreendedoras locais. O PER também foi assunto durante a passagem dos brasileiros pelo país. Os coordenadores do PER pelo SENAR-PR e SEBRAE-PR, Élcio Chagas da Silva e Onildo Benvenho fizeram uma palestra sobre o Programa no dia 30 de maio, durante o lançamento do Programa de Desenvolvimento Regional de Tandil, uma tentativa de alavancar o empreendedorismo local voltada tanto para área urbana quanto rural.

Os palestrantes falaram por pouco mais de meia 

hora a técnicos, universitários e lideranças locais. A troca de informações entre as propostas argentina e brasileira foi uma experiência interessante para ambos os lados. Onildo Benvenho conta que o PER acabou servindo de exemplo prático dos resultados que este tipo de programa consegue obter: "Nossa apresentação foi no sentido de mostrar a eles o que pode acontecer na prática após a adoção de um programa nessa linha".

Um dos diferenciais entre as duas propostas é que, de acordo com os visitantes, o programa argentino tem como preocupação principal a geração de empregos por meio de nichos diferenciados de mercado, enquanto o brasileiro apresenta ao participante uma formação mais completa e empresarial. "A visão deles é econômica. Nossa abrangência é bem maior, busca desenvolvimento econômico e humano, além de ter um sentido prático que é o projeto que o empreendedor tem pronto para ser implantado em sua propriedade quando encerra o curso", completa Benvenho.

Na opinião de Élcio Chagas, o ponto que chamou mais atenção dos anfitriões durante a apresentação do PER foi justamente a preocupação que houve na formatação do programa em correlacionar desenvolvimento humano, conteúdo teórico e elaboração de um projeto na construção do conhecimento: "Chamou a atenção nossa forma de trabalhar, de unir a aprendizagem à necessidade desenvolver a relação do participante com o grupo e a comunidade". 

Encarar subdesenvolvimento rural
com realismo é fundamental

No quinto capítulo do livro de Polan Lacki "Desenvolvimento agrário: da dependência ao protagonismo do agricultor", o autor apresenta 12 medidas que define como alternativas tecnológicas, gerenciais e organizacionais que podem fazer diferença no bolso do produtor rural. No sexta capítulo Lacki detalha a aplicação dessas medidas, que já está disponível para os empreendedores no site:(www.empreendedorrural.com.br).

Os argumentos  a  favor  das  inovações  passam 

pelo  fato de algumas delas não exigirem nenhuma despesa adicional, ajudando, em alguns casos, a diminuir o uso de insumos externos. Na maior parte das vezes, as mudanças requerem um nova forma de executar os trabalhos e reordenamento no uso dos recursos disponíveis. O autor inclusive chama a atenção para um equívoco comum: "Afirmar que a tecnificação da agricultura está sempre condicionada à necessidade de crédito, insumos modernos, maquinaria e grandes gastos adicionais".

Na avaliação de Lacki, a resistência a novas alternativas ocorre em grande parte porque os produtores não as conhecem, não sabem aplicá-las corretamente ou porque as subestimam. Por isso defende a capacitação do agricultor como ferramenta capaz de prepará-lo para a correta, oportuna, integral aplicação das medidas propostas. "A simples introdução destas inovações seria suficiente para solucionar, em grande parte, os problemas fundamentais dos pequenos agricultores: seu autoabastecimento, a geração permanente de maiores excedentes para o mercado,  a  plena  ocu- 

pação da mão-de-obra familiar em atividades produtivas e geradoras de renda e a obtenção de um fluxo constante de entrada de dinheiro". Confira o texto na íntegra no portal do empreendedor e dê sua opinião. 

 


Boletim Informativo nº 916, semana de 19 a 25 de junho de 2006
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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