Agressão ao Estado Abelardo Lupion |
Não é de hoje que o produtor rural e sua família sofrem com o vandalismo e a prática criminosa de organizações sem registro legal, que não prestam contas a ninguém, nem ao governo, como o Movimento dos Sem Terra (MST), o Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) e outras entidades semelhantes. O cidadão rural – aquele que coloca na mesa de cada brasileiro, pobre ou rico, alimentos com qualidade – é refém de agressões ao seu patrimônio e à produção rural – que em última instância é um bem de todos nós. Há anos, os produtores rurais vêm sendo agredidos, vilipendiados, seqüestrados, violentados por ações criminosas dos movimentos ditos "sociais". Destroem, em poucas horas, o que o produtor levou anos para construir: sua casa, seu trabalho, seu esforço, suas máquinas utilizadas na produção – tudo destruído. Invasões que são financiadas pela Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais) e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, por intermédio de cooperativas de assentamentos e entidades como a Anca (Associação Nacional de Cooperação Agrícola) e Concrab (Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil), conforme apuramos na CPMI da Terra. Vimos no Congresso Nacional a mesma barbárie que o produtor rural tem enfrentado na sua lide diária. Por ser a Casa do Povo – o Congresso Nacional foi o alvo de uma quadrilha de criminosos organizados e preparados para atingir a honra da nação. A invasão e destruição da propriedade rural, da mesma forma, constituem-se uma agressão à honra de todo o trabalhador brasileiro, aquele que não mede esforços na sua atividade produtiva. A população urbana, assim como aqueles que moram e trabalham no campo, indigna-se com os atos sofridos pelo Congresso Nacional. Essa ação é a demonstração de que as intenções dos alguns movimentos não é apenas de reivindicação justa ou coerente. A verdadeira face de certas organizações tem sido a da desestabilização do Estado Democrático de Direito. Viver em uma democracia, significa dizer que respeita-se o direito à vida, à propriedade, à justiça e à liberdade. A invasão sofrida destrói esses valores, tão respeitados pelos nossos cidadãos. Lamenta-se que o próprio Presidente da República, que deveria ser o maior guardião da Democracia e do Direito, que deveria resguardar e ser o exemplo de proteção às instituições públicas, à Lei e à Constituição, legitima as agressões sofridas ao receber no Palácio do Planalto os mentores e coordenadores dessas invasões. Triste Brasil, onde coordenadores dos Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra, João Pedro Stédile e Bruno Maranhão, circulam sem qualquer cerimônia no Palácio e são "efusivamente" recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agora é o momento de investigarmos o quê e quem está por trás dessa tentativa de desestabilização da democracia. Quem deseja um Brasil assustado, intimidado e destruído. Que mentes ardilosas tramam contra o Brasil? Não pense, leitor, que esses movimentos contentam-se com a propriedade rural... Depois de conquistar e "comunizar" o campo, o próximo passo será "socializar" as cidades, estatizando a sua casa, o seu quintal, a sua varanda e a sua liberdade. Você, cidadão, concorda com isso? Abelardo
Lupion é deputado federal e presidente da Comissão |
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Boletim Informativo nº 916,
semana de 19 a 25 de junho de 2006 |
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