FAEP pede renegociação também para
dívidas pecuárias de corte e leite

O pacote de medidas de alongamento das dívidas do setor rural deixou de fora a pecuária de bovinos de corte e leite, além da suinocultura e da avicultura. São setores que também registram grandes prejuízos, decorrentes não só da flutuação da política cambial como das ocorrência de febre aftosa no Brasil e da queda de consumo da União Européia, devido a gripe aviária.

Para o presidente da Federação da Agricultura do Paraná (FAEP), Ágide Meneguette, é necessário estender os instrumentos de renegociação para todos os produtores. Em ofício encaminhado esta semana ao ministro da Agricultura, Roberto

Rodrigues, Ágide solicitou " esses produtos sejam incluídos, mais o leite, entre os que estão sendo beneficiados com a postergação de pagamento de dívidas".

A Federação da Agricultura do Paraná (FAEP) fez um levantamento sobre o impacto e as conseqüências para a economia pecuária. Sobre a carne bovina constatou uma queda de preços de cerca de 27% entre o primeiro trimestre de 2004 e abril de 2006, com a redução do quilo da arroba de R$ 62,38 a arroba para R$ 45,28. Quanto ao preço da carne suína que caiu de R$ 1,78 para R$ 1,01 por quilo, comprovou uma queda de 43% o valor durante o mesmo período. E sobre a carne de frango, que passou de R$ 1,44 para R$ 1,09, verificou uma redução de 24%. O Paraná possui hoje cerca de 100 mil produtores de bovinos de corte e leite.


Boletim Informativo nº 915, semana de 12 a 18 de junho de 2006
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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