Quebra-quebra dos
sem-terra no |
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Nem a segurança da Câmara dos Deputados conseguiu deter os grupos: mais de 700 homens e mulheres do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) tomaram o Congresso, em Brasília, na terça-feira, dia 6. Os invasores promoveram um grande quebra-quebra nas dependências do parlamento brasileiro, em atos de vandalismo e muita violência que chocaram o país, pela falta de respeito às instituições - símbolos da democracia. Na entrada, eles estilhaçaram vidros da portaria do Anexo II da Câmara e viraram um carro, além de destruir e derrubar o que encontravam pela frente. Depois, dirigiram-se ao Salão Verde |
armados de foices e pedaços de pau. | |
Os grupos provocaram tumultos e agrediram e investiram contra dezenas de pessoas no interior do Congresso. A Câmara Federal contabilizou 41(26 ferimentos e 15 curativos) atendimentos médicos em seu ambulatório. Um dos feridos, o chefe de segurança da Casa, foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de Brasília com traumatismo e afundamento cranianos. De imediato, o presidente da Câmara Federal, deputado Aldo Rebelo, determinou que todos os envolvidos no episódio fossem presos pela polícia legislativa e autuados. As lideranças do bando e |
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parte dos responsáveis pelos dramáticos episódios foram levados pela Polícia Militar para prestar depoimento e sofrer autuação pelos crimes cometidos na invasão. |
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Os invasores gritavam palavras de ordem, como: "O povo unido jamais será vencido". Logo depois do ocorrido, Valmir Macedo, um dos seus chefes, ten- tou justificar o vandalismo, declarou aos jornais que o MLST pretendia ir pacificamente no Congresso mas teve que usar a força porque "queriam nos impedir de entrar na nossa própria Casa". O MLST também alegou que estava protestando contra o trabalho escravo, em prol da aprovação de uma lei que permita a desapropriação de terras rurais em que há trabalho escravo, contra a violência no campo e pela renegociação das dívidas dos assentados. |
Manifestantes de várias regiões do Brasil, vindos de São Paulo, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Alagoas, São Paulo e Tocantins, participaram da destruição da Câmara. O MLST é uma dissidência do Movimento dos Trabalhadores Sem- Terra (MST), que no ano passado tinha invadido o Ministério da Fazenda, para exigir o desbloqueio de R$ 2 bilhões do orçamento da reforma agrária. Esse movimento surgiu em agosto de 1997, criado por manifestantes de esquerda e por ex-chefes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). |
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Boletim Informativo nº 915,
semana de 12 a 18 de junho de 2006 |
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