Espaço do
Empreendedor Rural
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Ampere aguarda nova turma
do PER no segundo semestre

O município de Ampere, no sudoeste do estado, já formou três turmas da Fase um do PER e já tem lista de espera no Sindicato Rural da cidade para a próxima turma que inicia no segundo semestre deste ano. Há também grupos de empreendedores organizados nas Fases dois e três do programa. Adi Rodrigues da Silva, presidente do SR de Ampere diz que apesar da resistência inicial por parte de alguns produtores, a opinião de quem fez o curso garante a grande aceitação do PER entre os produtores da região: "Nós não precisamos nos preocupar em chamar quem fez a Fase um para participar das outras Fases, eles mesmo procuram o sindicato".


Encerramento do Empreendedor Rural de 2005


   Ampere tem 18 mil habitantes e cerca de 1300 propriedades rurais. O trabalho conjunto entre os sindicatos rurais patronal e dos trabalhadores rurais tem permitido que agricultores tenham bom acesso aos cursos oferecidos pelo SENAR-PR. De acordo com Adi Rodrigues, após o PER o sindicato percebeu algumas mudanças no público que atende. A demanda por cursos de formação profissional rural cresceu e entre os destaques estão os de bovinocultura de leite, aplicação de agrotóxicos, transformação de alimentos e recuperação de vegetação ciliar. Na avaliação do presidente do SR, isso reflete a preocupação dos produtores em ser mais eficientes na atividade que praticam, na utilização correta de insumos, preocupação com o meio ambiente e regularização da propriedade rural.

O agrônomo Valcei Ilceu Barbieri trabalha na prefeitura de Pinhal de São Bento, extensão de base do SR de Ampere. Ele destaca a importância de relembrar conceitos e repassar aos agricultores o passo-a-passo da organização de uma propriedade: "A gente aprende a olhar a propriedade não só da porteira para dentro, mas incluída no contexto do agronegócio". O produtor rural Ilário dos Santos está fazendo a Fase três do programa. Na Fase um desenvolveu com outros dois colegas um projeto na área de bovinocultura de leite e agora trabalha em um novo projeto, desta vez, sobre o plantio de cana-de-açúcar orgânica para diversificar as atividades em sua propriedade: "Tenho um colega de curso que está trabalhando em um projeto de transformação de cana e, com isso, aproveitaria matéria-prima minha. O programa muda nosso propósito. Antes cultivava soja e milho para vender para cerealistas, agora quero trabalhar para melhorar a qualidade de vida da minha família".


Tecnologia, capacitação e organização
são chave para agricultura eficiente

O quarto capítulo do livro de Polan Lacki, já disponível para os empreendedores rurais no portal trata do tripé necessário para uma agricultura eficiente: adoção de tecnologias, qualificação técnica e organização do setor. O autor de "Desenvolvimento agropecuário: da dependência ao protagonismo do agricultor" cita que no cenário atual "só poderá ser rentável e competitiva a agricultura que for eficiente para incrementar a produtividade e os rendimentos de todos os fatores de produção".

Lacki defende que mesmo que o governo não

proporcione aos agricultores decisões favoráveis, serviços eficientes e recursos para desenvolvimento, deve ao menos oferecer três componentes: geração de tecnologias apropriadas, capacitação de todos os membros das famílias rurais e organização dos agricultores. De acordo com o autor, ao dispor de tecnologias com tais características, todos os agricultores teriam reais oportunidades de começar a tecnificar as suas atividades produtivas, a aumentar a sua produção e incrementar a sua renda. Em relação à necessidade de capacitar melhor o meio rural, Lacki entende que não haverá desenvolvimento, a menos que se forme e capacite as famílias rurais, para que elas estejam motivadas, saibam e possam solucionar os seus próprios problemas: "A capacitação é absolutamente indispensável, seja para quem tem acesso ou para quem não tem acesso aos fatores externos à propriedade. No primeiro caso, ela torna os insumos mais eficazes e no segundo, os torna mais prescindíveis".

Finalmente, quando menciona a importância doa organização dos agricultores, Lacki ressalta que quando os agricultores atuam em forma coletiva, o esforço que se exige de cada um deles é muito menor que no caso de atuar em forma individual. "A complexidade e magnitude dos problemas de cada agricultor se reduzem quando eles atuam em grupo para a consecução de um objetivo comum."

Participe dessa discussão dando sua opinião acessando o site: www.empreendedorrural.com.br


História

No dia 1º de março de 2004, teve início a segunda edição do programa Empreendedor Rural. Os especialistas Fernando Curi Peres e Rosa Krausz fizeram a teleconferência de abertura transmitida a empreendedores do todo o estado que se reuniram nas sedes dos sindicatos rurais para acompanhar o evento. FAEP e FETAEP se uniram ao SENAR-PR e SEBRAE-PR como parceiros na realização do programa, possibilitando assim uma ampliação em seu raio de ação no estado.


Sintonia
Casa em Ordem

Seis turmas do PER devem receber a equipe do Casa em Ordem no mês de junho. Dia três tem palestra em Maringá, dia 10, para as turmas de Irati e Coronel Domingo Soares e no dia 17 tem palestra em Cruzmaltina.

Os eventos agendados para os municípios de Santa Isabel do Ivaí e Vitorino ainda estão com as datas em aberto.


Viagem Técnica

O premiados no Concurso Melhor Projeto Empreendedor Rural estiveram em viagem técnica à Argentina na última semana, onde tiveram a oportunidade de conhecer características da agropecuária daquele país, além de estar em contato com várias experiências de empreendedorismo na área rural. Acompanhe na próxima edição do Espaço do Empreendedor Rural novidades que os colegas trarão do país vizinho.


Radar

A pesquisa que monitora os resultados do PER Fase um registra um dado interessante sobre associativismo.

No marco zero, antes do treinamento, mostra que a maior parte dos participantes não eram sócios ou membros de organizações, quadro que foi alterado após o programa, em função da importância que o capital social tem para o empreendedorismo.

A participação ativa nas cooperativas passou de 13,5% dos entrevistados no marco zero para 57,1% dos entrevistados após um ano.

Os entrevistados que não eram sócios de cooperativas representavam 55% antes do PER e 28,6% um ano após o curso.


Boletim Informativo nº 914, semana de 5 a 11 de junho de 2006
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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