Governo Federal pede
prazo até |
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O Governo pediu prazo até dia 13 de junho (terça-feira) para avaliar sugestões do setor agropecuário em relação ao pacote agrícola. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu que há possibilidade de avançar em itens reivindicados pelos produtores e decidiu criar um grupo de trabalho para discutir novas medidas. O grupo de trabalho será instalado dia 6 de junho e, pela primeira vez neste governo, o setor produtivo participará efetivamente da discussão das medidas que podem melhorar os pacotes já adotados até |
aqui. Participarão representantes da CNA, OCB, Ministério da Fazenda, Ministério da Agricultura e dois representantes da Comissão da Agricultura da Câmara de deputados. A decisão de formar o grupo de trabalho foi tomada durante audiência pública da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, no dia 31 de junho. Os ministros da Fazenda, Guido Mantega e da Agricultura, Roberto Rodrigues, discutiram a crise com representantes da CNA, OCB, federações, produtores rurais e mais de 30 deputados federais. Mobilizações |
Em reunião da Comissão de Grãos da CNA ocorrida no mesmo dia, os representantes dos produtores avaliaram que é preciso dar um voto de confiança ao Ministro Guido Mantega. A Comissão decidiu que os produtores estarão mobilizados e em alerta aguardando os resultados da rediscussão do pacote. A idéia é que os produtores não façam protestos, mas que mantenham máquinas agrícolas com faixas em prol da agropecuária, estacionadas em pontos estratégicos nos municípios do interior do país, enviem cartas para os ministérios da fazenda e agricultura, assim como para deputados federais, acenando que o movimento não foi desmobilizado, |
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mas aguarda com
apreensão novas medidas.
Durante a audiência, Mantega foi sabatinado pelos representantes do setor produtivo e deputados federais sobre uma série de questões envolvendo o pacote do governo para amenizar a crise da agropecuária. Os representantes da agricultura demonstraram aos ministros que as medidas foram insatisfatórias e apresentaram um documento preliminar com melhorias para o pacote.
Sugestões para o
aprimoramento das A. Medidas emergenciais 2. Prorrogações automáticas também para os cultivos de fumo, frutas, mandioca, café e trigo. 3. Soja - critérios de
prorrogação automática região sul
- alterar o critério de prorrogação automática de custeio de soja na
região sul de 50% para 80%. 4. Prorrogações de
operações de investimentos com bancos privados
- a Resolução 3.364 não determina obrigatoriedade nas prorrogações.
Os bancos privados, nos repasses de recursos públicos originários do
BNDES, se recusam a proceder às prorrogações e quando fazem exigem um
pagamento de taxa de análise que varia de R$ 300,00 a R$
700,00/contrato em flagrante desrespeito as normas de crédito rural. 5. Prorrogações PESA e Securitização - para fins de financiamento ou liquidação sem financiamento, das parcelas com atraso e vincendas de 2006, considerar a operação em situação de normalidade, com direito a bônus e sem incidência da equivalência em produto, na parcela de 2005.No PESA manter o redutor de cinco pontos percentuais nos juros anuais e considerar o IGP - M do período. 6. FAT-Giro Direto ao
Fornecedor ou Produtor: embora
o governo tenha autorizado a destinação de recursos para a
celebração de contratos diretamente com o produtor para liquidar
débito junto a fornecedores, as instituições financeiras não
atenderam a esta nova finalidade, preferindo apenas refinanciamento de
CPR-F em poder dos próprios bancos. Grande parte das dívidas dos
produtores rurais é junto a cooperativas e fornecedores de insumos. 7. Prorrogação
automática de milho, arroz e algodão
- elevação dos atuais limites de prorrogações automáticas de 20%,
40% e 30%, respectivamente para milho, arroz e algodão, para 80% em
todas estas culturas. 8. Outros casos B. MEDIDAS ESTRUTURAIS Acrescentar as medidas apresentadas: 1. Desoneração tributária do óleo diesel e nos insumos (defensivos, fungicidas e fertilizantes); 2. Liberação da importação de agroquímico diretamente por produtores do Mercosul, em atendimento a decisão do painel de arbitragem; 3. Revisão das normas de registro de novos agroquímicos, dispensando-se os testes já realizados no caso de produtos equivalentes; 4. Alterar regulamentação da CTNBio de modo a torná-la mais eficaz; 5. Rever procedimentos de licenciamento ambiental em obras urgentes de infra-estrutura que estão totalmente paralisadas (novas estradas e pavimentação, dragagem de portos, ferrovias, irrigação etc.); 6. Destinar mais recursos para recuperação de estradas e portos. |
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Boletim Informativo nº 914,
semana de 05 a 11 de junho de 2006 |
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